Perícia foi realizada com substância luminol, líquido que mostra resíduos de sangue invisíveis a olho nu. Buscas serão ampliadas nesta sexta (16). Thiago Rocha, de dois anos, desapareceu após ir em parque com a mãe e padrasto
Arquivo Pessoal
A perícia realizada pelo Instituto de Criminalística no carro da família do bebê Thiago Rocha, de dois anos, concluiu que não foram encontrados vestígios de sangue no veículo.
O menino desapareceu em Londrina, no norte do Paraná, há quase uma semana. O caso aconteceu no Parque Daissaku Ikeda, na zona rural. O espaço está fechado há anos. Quando sumiu, o bebê estava com a mãe e o namorado dela. Relembre abaixo.
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Segundo a polícia, com a perícia, não foram encontrados indícios de controvérsia no depoimento da mãe sobre o desaparecimento de Thiago. Na quinta-feira (15), o delegado responsável pelo caso desconsiderou a tese de maus-tratos.
De acordo com o perito da Polícia Cientifica, Luciano Bucharles os policiais realizaram a perícia na noite de quarta-feira (15).
“As autoridades policiais tinham a suspeita que poderia ter sangue da criança no interior do veículo e em virtude dessa eventual suspeita foi solicitado esse exame para que fosse tentado localizar esse sangue oculto, esse sangue que no primeiro momento não fosse visível ao olho humano. Efetivamente o exame deu negativo”, disse.
Para a realização da perícia foi utilizado luminol – líquido que mostra resíduos de sangue que parecem invisíveis para elucidar crimes. os peritos realizaram o exame por cerca de uma hora e meia.
“O veículo apresentava muitos materiais no interior dele, em especial latas de bebida alcóolica, ferramentas, ou seja, estava bastante cheio o veículo”, disse.
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Área de busca ampliada
O Corpo de Bombeiros informou que ampliou, nesta sexta-feira (16), a área de buscas pelo menino. Agora a operação ocorre, também, no Tibagi, um rio bem mais largo e mais extenso.
Segundo a corporação, as buscas devem ser ampliadas diariamente em cerca de três quilômetros.
As buscas
Nas primeiras horas de buscas após o sumiço da criança, ainda na noite de sábado, os bombeiros começaram os trabalhos no Ribeirão Três Bocas. Eles se concentraram em uma área onde antigamente funcionou uma usina hidrelétrica, desativada na década de 1980.
No domingo (11) e na segunda-feira (12), os bombeiros vasculharam a área de mata e também entraram no ribeirão que passa no meio do parque municipal.
Bombeiros trabalham no resgate de criança desaparecida em Londrina
Reprodução/RPC
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Nos três dias seguintes, percorreram com botes treze quilômetros do Ribeirão Três Bocas – um rio cheio de curvas, uma na sequência da outra, e com várias áreas de remanso.
O trajeto de 13 quilômetros foi percorrido três vezes, saindo do parque e chegando ao Rio Tibagi.
Desde o desaparecimento de Thiago, que no último sábado estava com a mãe e o namorado dela, moradores da região vão todos os dias ao local.
O que a mãe disse à polícia
O desaparecimento é investigado pelo Serviço de Investigação de Pessoas Desaparecidas (Sicride) e pela Delegacia de Homicídios de Londrina. A mãe e o namorado dela foram ouvidos durante o final de semana.
A mãe do menino contou à polícia que passou a tarde no parque com o filho e o namorado dela. O casal contou ainda que começou a organizar os pertences para ir embora, momento em que o bebê teria sido colocado no carro.
À caminho de casa, a dois quilômetros do parque, eles teriam percebido que o menino não estava no veículo.
O casal retornou e não encontrou o menino. Uma mulher que passava pela região e viu a mãe desesperada acionou o Corpo de Bombeiros, que iniciou as buscas.
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