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Empreiteiro preso e investigado por fraude em licitações alega que vive da venda de queijos com renda de R$ 2.5 mil


Adir Paulino Fernandes, de 65 anos, é um dos alvos da operação “Cascalhos de Areia”, que investiga prejuízo de R$ 300 milhões à prefeitura de Campo Grande. Mandados foram cumpridos na secretaria municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).
Caio Tumelero/TV Morena
O empreiteiro Adir Paulino Fernandes, de 65 anos, é um dos alvos do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Cascalhos de Areia, deflagrada nesta quinta-feira (15) em Campo Grande. Em depoimento, o suspeito afirmou à polícia que vive da venda de queijos e tem uma renda mensal de R$ 2.500. Adir Paulino foi preso em flagrante com uma arma durante a ação policial em sua casa.
Em contrapartida, a investigação mostra faturamentos milionários da empresa de Adir com a locação de veículos que deveriam ser usados na manutenção das ruas de Campo Grande.
A investigação aponta possível fraude à licitação, corrupção passiva e ativa, peculato, lavagem de capitais e organização criminosa, responsável por movimentar mais de R$ 300 milhões, em licitações, na Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep). O valor supostamente desviado, de acordo com a ação, seria usado em contratos para manutenção de vias não pavimentadas da cidade.
O empreiteiro é proprietário da empresa JR Comércio e Serviços e recebeu a polícia na chácara em que mora em Terenos (MS) – a 17 quilômetros de Campo Grande. Em um dos quartos, equipes do Batalhão de Choque encontraram um revólver calibre 32, com quatro munições – duas intactas e duas deflagradas – e foi preso em flagrante.
Em depoimento, Adir relatou que a arma era do pai, que morreu em 2019 aos 92 anos. Segundo ele, o revólver está na família há 100 anos e que nunca usou, apenas guardava em casa.
Aos policiais, Adir disse que sobrevive da venda de queijos e outros produtos, e que ganha pouco mais de R$ 2.500,00 por mês. Contudo, o suspeito é investigado por receber dinheiro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) por serviços que não foram realizados.
Segundo o Ministério Público, a empresa de Adir assinou um contrato de R$ 34,6 milhões para a locação de quatorze máquinas de tipos diferentes para a prefeitura de Campo Grande.
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Operação Cascalhos de Areia
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS) com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, cumpriu na manhã de quinta-feira (15), 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, na operação “Cascalhos de Areia”.
A operação é contra uma suposta organização criminosa que envolveria desde servidores públicos a empresários, suspeitos de fraudar contratos para a manutenção de vias não pavimentadas e locação de máquinas e veículos junto a prefeitura de Campo Grande, de 2017 a esse ano.Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os promotores e os policiais apreenderam documentos, anotações, agendas e os telefones celulares para investigação.
A operação mobilizou uma verdadeira força-tarefa do Ministério Público, envolvendo a 31ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, onde tramita o Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que apura o caso, além do (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc).
Em nota, a Secretaria de Obras de Campo Grande se pronunciou e disse que permanece à disposição para qualquer esclarecimento ou fornecimento de informações necessárias ao processo.
“A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos recebeu nesta manhã as equipes da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, que informaram cumprimento de decisão judicial oriunda de Procedimento Investigatório que tramita na mesma. O Município permanece à disposição para qualquer esclarecimento ou fornecimento de informações necessárias aos entes do processo “, finalizou o texto.
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