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Jovem de 16 anos é morto a tiros no Catiri, em Bangu

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Messias Mohamed foi assassinado logo depois de chegar do trabalho, próximo ao portão de casa. Moradores denunciam que sofrem ameaças da milícia. Jovem de 16 anos é morto a tiros no Catiri, em Bangu
Um jovem de 16 anos foi morto na noite deste domingo (18) no Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Quem mora na comunidade convive com o medo e as novas regras impostas pela milícia.
Messias Mohamed foi assassinado logo depois de chegar do trabalho, próximo ao portão de casa.
“Ele saiu, foi trabalhar, fazer um extra com um garçom. Voltou pra casa, falou com os amigos. ‘Ah, tô cansado. Não vou jogar bola, não. Vou ir lá na Vila Kennedy’.”
“A Vila Kennedy, ela é próxima ao Catiri, coisa de dois quilômetros e meio. ‘Vou lá na Vila Kennedy pegar um lanche’. Aí nisso que ele saiu de casa pra ir pra Avenida Brasil, pegar uma van, um ônibus e ir até a Vila Kennedy, ele não chegou nem a acontecer esse fato. Ele só conversou com os amigos, foi para o portão de casa, pensou mais um pouco se ia sair ou não e foi. Quando ele foi, começou uns tiros lá dentro.”
O jovem chegou a ser levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, mas não resistiu. O corpo de Messias foi levado para o Instituto Médico-Legal de madrugada por vizinhos. A família do adolescente ainda não foi ao local para fazer o reconhecimento.
Logo depois da morte, moradores do Catiri protestaram. Eles atearam fogo a pneus na altura da Praça Piquerobe, em Bangu, e fecharam o trânsito. Equipes do 14º batalhão estiveram no local e liberaram a via.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Região é dominada pela milícia
Quem mora no Catiri conta que a comunidade está cercada.
“A milícia do Catiri tá gradeando todas as ruas, só deixando uma entrada e uma saída. A Rua Monte Alto, várias ruas foram gradeadas. Rua Canal de Sarapuí, tudo gradeado.”
Moradores denunciam que uma nova quadrilha de milicianos tomou a comunidade e tem estabelecido o terror.
“Eles são ignorantes. Comerciante tem que pagar, comércio pequeno, R$ 50. Comércio grande, tipo mercado e uma farmácia, R$ 500, por semana. O morador, R$ 60 por mês. Tem que pagar, é obrigado. Não tem escolha. Você paga ou paga, ou sai fora dali.”
A milícia cobra caro. Os moradores perdem, além da liberdade, o pouco que têm.
“Tem gente que não tem nem dinheiro, recebe R$ 600 de auxílio, paga um aluguel de R$ 350 e tem que dar R$ 60 pra esses caras. Se não tiver, eles cortam luz, eles pegam pela camisa, são marrentos, gritam com a pessoa.”
“Os R$ 60 que eles pegam de um morador é dois quilos de frango, dois quilos de linguiça, um quilo de carne moída, meio quilo de carne moída, uma dúzia de ovos, uma cartela de 30 ovos. É comida que eles tão tirando da mesa do morador do Catiri.”
O que diz a polícia
De acordo com o comando do batalhão de Bangu, o Catiri faz parte do roteiro de policiamento com viaturas e moto patrulhas.
Ainda segundo a PM, o 14º BPM atua sempre quando há denúncia de elementos armados ou alguma ocorrência que gera acionamento da corporação.

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