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Banco Central está atrasado na queda de juros, analisa Monica de Bolle

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Mercado financeiro só prevê redução de juros a partir de agosto, o que reduz capacidade de pagamento da população e das empresas. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) deve divulgar, nesta quarta-feira (21), a decisão sobre a taxa básica de juros. A expectativa do mercado é que ela seja mantida em 13,75%, apesar da pressão do governo e dos índices positivos do cenário econômico.
A expectativa dos analistas é de que a taxa Selic comece a recuar para 13,5% ao ano em agosto.
Em entrevista a Natuza Nery, a economista Monica de Bolle avalia por que o BC brasileiro “já está atrasado” no processo de redução dos juros, levando em consideração o quadro interno e diz que a postura de “extrema cautela” pode prejudicar a economia do país.
“A gente sabe que as famílias brasileiras estão endividadas, que as empresas brasileiras estão endividadas e que essa taxa de juros é danosa para as empresas e famílias”, diz.
Presidente do Banco Central, Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante sessão sobre o tema juros, inflação e crescimento, no Senado Federal, em Brasília (DF), nesta quinta-feira (27).
FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Mônica ainda adianta que a redução da taxa de juros não deve acontecer nesta semana. Ela ressalta a necessidade de comunicação prévia, via atas do Copom, e o “cenário turvo” que os bancos centrais de todo mundo enfrentam diante da resistência da inflação nos países desenvolvidos.
“O Banco Central faz parte do governo. Acho que ás vezes isso é esquecido no Brasil”, destaca. “Na tentativa de preservar sua independência o Banco Central só resolveu tomar uma atitude um tanto extrema de fincar o pé nessa Selic de 13,75%, e assegurar que só ia mexer na taxa quando lhe conviesse, para não dar a impressão de que estava fazendo uma redução de juros porque havia pressões vindo de outras partes do governo. No Brasil, isso teve uma importância enorme, o que no final das contas é um grande infortúnio para nós.”
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto.

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