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Entidades reagem à decisão do BC de manter taxa de juros em 13,75% ao ano

Após o anúncio de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) irá manter a taxa de juros em 13,75% ao ano, diversas entidades brasileiras reagiram à decisão.

Esta é a sétima vez seguida que o Comitê decide pela manutenção da Selic. Com isso, o patamar de juros no país permanece no maior nível desde dezembro de 2016.

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), lamentou a manutenção da Selic e reforçou a importância da redução dos juros para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

Em nota, a entidade destacou que o Brasil tem as maiores taxas de juros reais do mundo, quando descontada a inflação.

“Esses números representam um obstáculo significativo para investimentos e têm um impacto prejudicial na geração de empregos, especialmente para a população de baixa renda”, afirma a Abrainc.

A associação pontuou que os impactos negativos da Selic elevada são “particularmente severos” para os financiamentos imobiliários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

“A taxa de 13,75% inviabiliza a aquisição de imóveis para milhares de famílias, uma vez que os altos juros resultam em um aumento exorbitante de 23% nas parcelas do financiamento”, acrescenta.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) argumentou que o recente alívio nos preços e a contínua redução das expectativas inflacionárias para 2023 e 2024 indicam que haveria espaço para um recuo na taxa Selic já nesta reunião.

“Os indicadores de atividade de curto prazo já apontam queda da atividade econômica no início deste segundo trimestre. Nesse cenário, a recuperação da confiança do setor produtivo exige uma política monetária mais moderada”, diz a nota.

Além disso, a entidade também defendeu a aprovação do novo marco fiscal e a reforma tributária.

“São necessárias mudanças estruturais, como a reforma tributária, que assegurem uma retomada sólida do crescimento econômico, promovendo a geração de emprego e renda para a população brasileira”, afirma a federação.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a manutenção da Selic está acima do necessário para o combate à inflação e impõe riscos adicionais para a atividade econômica.

“Esperamos que, com a continuidade do movimento de desaceleração da inflação, o Copom inicie já na próxima reunião o tão necessário processo de redução da Selic”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Segundo a entidade, os recentes dados indicando a perda de fôlego da inflação reforçam a tese de que o Banco Central esteja exagerando na política monetária.

Também citando a inflação, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) disse enxergar com preocupação a manutenção da taxa de juros em patamar elevado, tendo em vista seus efeitos prejudiciais à economia.

“Entende-se que, com a tendência de queda da inflação, as discussões avançadas sobre a reforma tributária e o encaminhamento do novo arcabouço fiscal, o Brasil esteja preparado para um novo ciclo de corte de juros”, diz.

Por outro lado, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), disse que a decisão do BC foi “previsível e acertada”, e que alinha as expectativas da autoridade monetária e do mercado.

No entanto, a entidade afirmou que os recentes dados de inflação abrem espaço para o início do ciclo de expansão monetária.

“Por isso, a indicação de corte pelo Banco Central poderia ser apresentada na próxima reunião, em agosto”, afirma a nota.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, citou a demora da aprovação do marco fiscal e as incertezas em relação às metas de inflação como alguns dos fatores que influenciaram a decisão.

“Nesse contexto, esperamos que os riscos sejam dissipados o quanto antes, para que o Banco Central tenha um cenário mais claro para iniciar o ciclo de cortes na Selic, trazendo um alívio às atividades produtivas já muito penalizadas”, afirma Petry.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Entidades reagem à decisão do BC de manter taxa de juros em 13,75% ao ano no site CNN Brasil.

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