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Em São Paulo, pais denunciam escola por maus-tratos; aluno foi amarrado a um poste

A polícia pediu a prisão temporária por 30 dias dos donos de uma escola infantil Pequiá, suspeitos de humilhar e torturar crianças. A instituição de ensino está fechada desde quarta-feira (21). Em São Paulo, pais denunciam escola por maus-tratos; aluno foi amarrado a um poste
Em São Paulo, a polícia pediu a prisão temporária por 30 dias dos donos de uma escola infantil suspeitos de humilhar e torturar crianças.
Criança que deixava escapar xixi ficava de castigo na porta do banheiro.
“Quando a sua mãe, o seu pai ou sei lá quem vem te buscar, eu vou pegar e colocar aqui a resposta do seu filho para mim… ‘Fiz ontem, de propósito. Não fiz hoje porque não quis’. Porque assim eu provo que louco aqui é você e não eu”, diz mulher em vídeo.
Em outro momento, um homem adulto dá ordens para uma menina de um ano e meio. “Pode guardar”, diz ele, arrancando lágrimas dela.
Uma mulher adulta também estava no local: “Pode olhar para quem você quiser. Ninguém vai te socorrer. Guarda”.
Segundo a ex-funcionária que gravou os vídeos, o homem é Eduardo Mori Kawano e a voz é de Andrea Carvalho Alves Moreira, donos da escola que atende crianças a partir de 1 ano até a quinta série do ensino fundamental, por volta de 10 anos.
Em outro momento, Andrea empurra a garota com o pé e, depois, puxa a criança pelos braços. A menina é a filha da Carina Pereira Barbosa.
“Eu fiquei horrorizada. Chorei, chorei, não podia acreditar. Não dava para acreditar que podia estar acontecendo isso. Porque, além disso, meu filho – eu tenho um de 8 anos -, ele estuda lá desde os 2 anos”, conta Carina.
Os vídeos foram feitos por Anny Garcia Junqueira, de 18 anos, ex-funcionária da escola que, mesmo sem formação profissional, foi contratada como professora e trabalhou no local por um ano.
“Eles sempre foram assim, sempre foram muito agressivos. Eu denunciei porque as coisas se agravaram muito esse ano. Eu filmava bastante escondido, porque eu acreditava que se eu fosse denunciar sem provas, eu pensei que não iria dar em nada, né?”, afirma.
Flagrou até um menino de 6 anos amarrado a um poste com a própria blusa, porque, segundo a ex-funcionária que gravou tudo, era considerado “agitado”. Anny mostrou as imagens a um grupo de pais, que foi à polícia.
A escola Pequiá está fechada desde quarta-feira (21). A polícia começou a investigar as denúncias de agressão no domingo (18), quando a professora Anny, uma colega e quatro mães de alunos foram à delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Até agora, 15 pessoas – entre pais, funcionários e ex-funcionários – já prestaram depoimento.
A polícia pediu a prisão dos donos da escola Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira. Eles podem ser indiciados por vários crimes.
“A princípio, foi por maus-tratos e submeter criança a situação vexatória. Mas, pelos relatos, pela gravidade dos relatos, eu inclui a tortura. O que esses professores fizeram com essas crianças é um crime. Eles não têm capacidade e habilitação para lidar com criança”, afirma o delegado Fábio Daré, que cuida do caso.
A Justiça ainda não respondeu sobre o pedido de prisão temporária do casal.
A Secretaria de Educação de São Paulo informou que abriu um processo administrativo para investigar as denúncias.
A defesa de Eduardo Mori Kawano e Andrea Carvalho Alves Moreira disse que ainda não conseguiu ter acesso aos autos, mas afirmou que seus clientes são inocentes e negam veementemente as acusações.
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