O homem acusado de matar a ex-companheira com uma pia foi condenado, nessa quinta-feira (22/6), a 28 anos e 6 meses de prisão . Cleiton Rogério Pereira Costa (foto em destaque), de 46 anos, assassinou Patrícia Silva Vieira Rufino, 40, no Itapoã (DF), em setembro de 2022. O réu foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado.
Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), as filhas do casal estavam presentes quando a briga que resultou no feminicídio começou. Cleiton agrediu Patrícia com socos e chutes. Deixou-a machucada no chão, foi até o banheiro para pegar a pia.
Nesse momento, de acordo com a apuração do MPDFT, a vítima disse para as filhas fugirem do local. Cleitom, então, golpeou várias vezes a mulher com a pia até matá-la. O casal estava separado há aproximadamente cinco anos e o criminoso tinha histórico de violência doméstica.
Vítima
Patrícia trabalhava como brigadista e socorrista. Ela deixou cinco filhos, de 9 a 19 anos, sendo quatro deles frutos do relacionamento com Cleiton Rogério.
Os dois ficaram juntos por 19 anos, mas se separaram em 2017. Apesar disso, a vítima continuava a receber ameaças. O agressor havia voltado para a casa de Patrícia três dias antes de assassiná-la.
Em janeiro de 2018, Patrícia denunciou o marido por agressão. Ela relatou que o companheiro tinha temperamento violento e que havia sido agredida por ele em outras ocasiões.
Ameaça
O casal brigou durante viagem a uma chácara. No caminho, Cleiton Rogério teria se irritado com um defeito no carro e colocado a culpa na companheira. Além disso, acusou a vítima de “estragar o dia” e disse que a mataria.
Patrícia desceu do carro com receio de ser agredida, o que teria deixado o criminoso mais irritado. A brigadista narrou que, após um momento, Cleiton Rogério puxou-a pelo cabelo e deu-lhe um tapa na face.
Em seguida, forçou a cabeça da vítima para baixo, para atingi-la com uma joelhada no rosto. Com Patrícia caída ao chão, o agressor pisou sobre a cabeça dela.
Socorro
Mesmo com os golpes, ela conseguiu levantar, correr e pedir socorro em um posto militar da região. Depois, foi levada à delegacia. Em 2009 e 2015, Patrícia havia registrado ocorrência contra o companheiro pelo mesmo motivo. O bandido também tem histórico criminal por uso de drogas, lesão corporal e porte de arma de fogo.
Histórico
Em 2019, Cleiton foi denunciado pelos próprios irmãos por ameaçar a família de morte. Em uma das ocasiões, o suspeito teria dito que “quebraria os braços, as pernas e a cabeça” de um irmão. No mesmo ano, a mãe do agressor também registrou contra ele duas ocorrências de ameaça.