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‘O racismo é meu cotidiano’, diz mulher de volante do Avaí após encontrar casca de banana na porta de casa em Florianópolis

Aline disse que há câmeras no condomínio e que vai avaliar como proceder quando se encontrar com o marido, que joga neste sábado. Mulher de volante do Avaí fala de racismo após encontrar casca de banana na porta de casa em Florianópolis
Um dia após encontrar uma banana na porta do apartamento, em Florianópolis, a esposa do volante Wellington, do Avaí, relatou que tem convivido com situações diárias de racismo. “É meu cotidiano”, disse Aline Verteiro ao g1.
Mãe de duas crianças, a biomédica disse que a cena foi dolorosa para ela e também para o filho mais velho, de 9 anos, que já entende o simbolismo da situação.
“Machuca, claro. Foi difícil. A gente lida com situações diárias. Pra nós que somos negros é muito comum. O racismo é o meu cotidiano. A banana na porta é o de menos”, lamentou.
A fruta estava pela metade e descascada sobre o tapete em frente da porta de entrada da casa da família quando ela chegou. Aline gravou com o celular, enquanto ria e tentava amenizar a situação para o filho.
“Ganhamos um presente dos vizinhos. Nos trouxeram, né filho, uma bananinha de presente”, disse no vídeo divulgado nas redes sociais.
Aline e Wellington moram em um apartamento no bairro Itacorubi. O jogador não estava com a esposa no momento em que a banana foi encontrada. Concentrado com o elenco do Avaí para o jogo deste sábado contra o Londrina, não deixou, no entanto, de se manifestar nas redes sociais.
“Hoje aconteceu um fato que não tem como deixar passar. Atacaram minha família. Algum covarde fez isso. É revoltante. Ato de racismo na porta de casa. Não é de hoje que minha esposa vem sofrendo esse tipo de covardia, seja com olhares ou risadinhas de canto”, publicou.
Questionada sobre o boletim de ocorrência, Aline disse que vai esperar o jogo do marido passar para que conversem sobre a situação e decidam como proceder.
“Temo que alguma criança ou adolescente não instruído pelos pais, a gente sabe que a educação vem de berço, tenha feito isso querendo ‘brincar’. E se for, não quero expor a criança. Se precisar eu mesma converso e explico o que isso significa. Tem que ser punido, mas da melhor forma”, ponderou.
Aline também disse que há câmeras no condomínio que poderão ajudar a identificar o autor do ato.
“Eu trouxe essa situação a público com intuito de conscientizar que os negros têm seu lugar, inclusive se for em condomínio de alto padrão”, salientou.
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