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Inadimplência aumenta na região de Piracicaba e valores devidos ultrapassam R$ 2 bilhões


Dados do Serasa apontam alta de 23% nos valores devidos na região. Especialista diz que inflação pós-pandemia e taxa de juros alta contribuem para aumento dos negativados. Notas de R$ 50
Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
O número de moradores inadimplentes, ou seja, com o “nome sujo”, na região de Piracicaba (SP) aumentou no último ano. Conforme dados do Serasa, a quantidade de negativados chegou a 422 mil em abril deste ano – 22 mil a mais do que no mesmo período do ano passado.
Os valores devidos aumentaram ainda mais e ultrapassaram os R$ 2,2 bilhões este ano. O valor é 23% maior do que a soma das dívidas na região no ano passado, que chegavam a R$ 1,8 bilhão. Somente os valores devidos na metrópole representam 34% do total da região, com R$ 780 milhões.
Os dados são referentes a moradores das 18 cidades da área de cobertura do g1 Piracicaba. Confira abaixo:
Número de inadimplentes e valores das dívidas na região de Piracicaba
Conforme os números, o maior aumento percentual na quantidade de devedores ocorreu em Engenheiro Coelho, com 13% a mais do que o registrado em 2022. Já a única cidade com queda nos moradores com “nome sujo” foi Águas de São Pedro.
Em Piracicaba, o aumento da inadimplência foi de 6%. Atualmente são 138.801 negativados na metrópole, o que representa 34% do total de 410.275 moradores, número estimado em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Cartão de crédito
TV Anhanguera/Divulgação
Surto inflacionário e juros altos
Conforme o economista e gestor de projetos do Pecege, Haroldo Torres, o aumento da inadimplência na região acompanha o cenário nacional, e se intensificou com um aumento da inflação após a pandemia da Covid-19.
“Lá atrás nós estávamos tendo um surto inflacionário pós-pandemia e ele é o principal causador da inadimplência. Com a inflação nós temos um aumento do custo de vida, significa que o consumidor passa a ter mais dificuldade para pagar as suas contas. A inflação leva a uma verdadeira redução da renda real, uma compressão da renda disponível das famílias”, explicou.
Além disso, outro fator que contribui para a manutenção e piora da inadimplência é a taxa de juros, que foi aumentada justamente para combater a inflação.
“Junte um fenômeno da renda comprimida das famílias e agora, em um segundo momento, aos juros mais altos. É isso que está levando ao endividamento e às menores condições para tomar crédito.”
Torres acrescentou que algumas linhas de crédito rotativo ou cheque especial, também facilitam o crescimento da inadimplência. “A gente percebe que são linhas de curto prazo, só que com juros estratosféricos e crédito pré-aprovado”, argumentou.
“O serviço da dívida começa a comprometer o padrão de vida das famílias. A inadimplência gera uma espiral muito ruim, porque ela vai ter um cidadão super endividado e praticamente toda a renda dele passa a ser alocada para despesa financeira, deixando de financiar e ser alocada naquilo que é essencial. Torna nesse caso um fardo difícil de ser superado.”
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