Criação de rãs no interior de São Paulo tem se mostrado uma atividade promissora, atraindo pequenos produtores que veem potencial nesse negócio de baixo investimento inicial. Produtores investem em tecnologia para abastecer mercado com carne de rã de alta qualidade
TV TEM/Reprodução
Um produtor de Araçoiaba da Serra (SP) começou a criar rãs como um hobby, mas percebeu que o negócio tinha potencial.
O ranário dele já está ativo há 10 anos e produz mensalmente cerca de três mil animais da espécie Rã-Touro, originária da América do Norte e conhecida por sua resistência superior em comparação a outras espécies.
Ao longo dos anos, o produtor tem adotado novas tecnologias e aprimorado o manejo, com destaque para o tratamento adequado de resíduos e o reaproveitamento de recursos. A propriedade possui acesso a água, essencial para a criação, e o sistema de reutilização desse recurso proporciona economia, mantendo a qualidade hídrica e contribuindo para a sustentabilidade.
Veja a reportagem exibida no programa em 25/06/2023:
Produtores investem em tecnologia para abastecer mercado com carne de rã de alta qualidade
Nos planos desse produtor está a construção de um abatedouro na propriedade, visando abater até 800 rãs por dia. Com essa estrutura, ele pretende fornecer para o mercado do interior de São Paulo e da capital.
O ciclo completo, desde o nascimento até o abate, tem duração de cerca de sete meses. Cada fêmea pode produzir até quarenta mil ovos no auge da produção, e os girinos passam por um ciclo de aproximadamente três meses até atingirem a metamorfose completa, com uma fase a cada mês.
O momento ideal para o abate das rãs é quando elas atingem um peso máximo de 380 gramas, quando a carne está mais macia. Os produtores possuem uma média de R$70 por quilo, sendo esperado um melhor preço no pós-pandemia, já que anteriormente a carne não chegava a atingir R$50.
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