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“Ideal é não exagerar”, diz nutricionista sobre alimentação nas festas juninas

Junho é um dos meses mais esperados do ano, isso por causa das festas juninas típicas que acontecem neste período do ano; todas elas com fartura de comida, especialmente aquelas que usam o milho como base na receita: pamonha, canjica, bolo de fubá, entre outros. Mas para que seja possível curtir este mês com tranquilidade e sem exageros, é necessário manter a atenção em relação a alimentação.

A nutricionista Anne Silva explica que os carboidratos presentes em muitos pratos comuns neste período funcionam como fonte de energia para o corpo, mas é necessário atenção na hora de consumi-los. “Ao participar de alguma festa, o ideal é não exagerar porque o que é feito em exagero se torna algo prejudicial. Durante os festejos, privilegie os pratos ou produtos que você realmente queira comer e que não façam parte da rotina diária”, destaca.

Anne, que também é professora da Estácio, comenta que não tem problema em consumir um produto de alto valor calórico, desde que já se mantenha uma rotina de uma alimentação saudável. “O fato de comer um bolo, uma cocada ou algum outro prato doce, por exemplo, não se torna algo prejudicial para a dieta porque é algo esporádico e em casos de exagero, no dia seguinte a pessoa deve voltar para a alimentação que sempre fez para que o corpo desinche”, diz.

Ao participar de uma festa, a nutricionista orienta que a pessoa faça todas as refeições normalmente e beba muita água durante o dia. “O ideal é sair de casa alimentado para que não corra tanto o risco de cometer exageros”, completa.

Conheça as origens das receitas típicas das festas juninas

As festas juninas são a segunda festa popular mais esperada no Brasil, seguida do Carnaval. Um dos principais motivos são as suas comidas típicas saborosas e queridas por todas as faixas etárias. É quase impossível imaginar uma festa junina sem bolo de fubá, pé de moleque, cuscuz, milho cozido ou pamonha. No entanto, quais são as origens desses pratos emblemáticos dos festejos?

De acordo com Rebeca Antunes Beraldo, docente do curso de Nutrição da Estácio, diversas receitas foram criadas a partir da mistura cultural que houve no Brasil colonial. Entretanto, pelo fato de as receitas estarem presentes no dia a dia da população, pouco se sabe sobre as suas histórias.

O bolo de fubá, por exemplo, é uma mistura da cultura indígena, africana e portuguesa. Os bolos já eram comuns em Portugal, mas como o acesso ao trigo importado era difícil, passou-se a usar o milho, herança das comunidades indígenas, mais especificamente a farinha de milho ou “fubá”, como os povos africanos originários de Angola chamavam; e assim a receita foi popularizada pelo País.

Já o doce pé-de-moleque, por exemplo, é uma mistura de amendoim torrado com rapadura que surgiu na região de Minas Gerais no século XVI com a chegada da cana-de-açúcar no país. O nome, no entanto, só se deu séculos mais tarde devido ao fato de que meninos roubavam o doce das vendedoras, fazendo com que as mesmas gritassem “Pede, moleque, pede!”.

E também foi no sudeste que foi criado o quentão, cujo nome já destaca sua principal característica. Como o inverno brasileiro se dá entre os meses de junho e setembro, criou-se a mistura de gengibre, pinga e outras especiarias para que as pessoas pudessem suportar o frio.

Milho e cuidados com as calorias

Milho é principal alimento nas festas juninas. Foto: Reprodução
Milho é principal alimento nas festas juninas. Foto: Reprodução

Em todas as regiões do país, um dos produtos mais utilizados para preparar as guloseimas das festas juninas é o milho. Pipoca, canjica, pamonha, bolo de milho, curau, caldo de milho com frango, torta de legumes com milho e até mesmo a própria espiga de milho cozida com manteiga são alguns dos pratos mais populares nas festas juninas.

De acordo com Rebeca, as receitas derivadas do milho são extremamente nutritivas quando feitas com o milho in natura (na espiga). “O milho possui alto teor de fibras – que melhora o funcionamento intestinal, previne vários tipos de câncer, doenças cardíacas, diabetes, obesidade, diminui a absorção de gorduras, colesterol e açúcares e não apresenta calorias –, além de ser fonte de vitamina A, luteína e zeaxantina, importantes antioxidantes para a qualidade da nossa visão e pele”, afirma a nutricionista.

Além disso, o milho também contém vitaminas do complexo B, que contribuem para a melhora do humor e saúde do sistema nervoso, e zinco, que é um nutriente necessário para estimulação da produção hormonal, principalmente para adolescentes, e para melhoria da qualidade sensorial do paladar e olfato.

Apesar do alto valor nutricional, a especialista alerta sobre o consumo excessivo de receitas derivadas do alimento, pois contribuem para o aumento de peso. “Como estas preparações são afetivas, que nos remetem à infância, uma dica é consumi-las com atenção plena, ou seja, apreciar o cheiro, as cores, mastigar bem e lentamente, além de perceber os sinais do nosso corpo de saciedade. Assim, conseguimos apreciar, aquecer o nosso coração e não exagerar nas calorias ingeridas”, recomenda Rebeca.

Abaixo seguem algumas receitas com milho para fazer em casa.

Caldo de milho verde com frango

Ingredientes:

  • 5 espigas de milho verde;
  • 1 colheres de sopa de azeite de oliva;
  • 200g de peito de frango;
  • 4 dentes de alho amassados;
  • 1 cabeça de cebola;
  • 1 litro de água;
  • Pimenta dedo de moça e sal à gosto;

Modo de preparo: 

Tempere o peito de frango com um dente de alho, sal e pimenta, cozinhe com a cebola picada, desfie e reserve. Retire os grãos de milho das espigas e bata no liquidificador com a água. Coe em peneira fina, tempere com alho e sal a gosto e leve ao fogo mexendo sempre até levantar fervura. Acrescente o frango reservado e deixe ferver um pouco mais se a consistência estiver firme, acrescente mais água. Acerte o sal e acrescente a salsinha picada. Sirva quente.

Pamonha salgada de forno

Ingredientes:  

  • 4 espigas de milho verde grandes;
  • 1 copo americano de água;
  • 300g de queijo branco fresco cortado em cubos;
  • Sal à gosto.

Modo de preparo: 

Rale o milho ou bata no processador (não peneire), misture a água. Coloque o sal a gosto. Despeje em uma forma untada e coloque os cubos de queijo espalhados. Leve para assar por 40 minutos, ou até que fique firme (enfie um palito se sair limpo pode retirar do forno).

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