A terceira edição do MADA Faz Escola, iniciativa do Festival MADA, conclui suas ações deste ano com o documentário A Voz do Instrumento, um registro emocionante da jornada que levou 15 artistas locais a 15 escolas públicas de Natal entre os meses de abril e maio. Produzido pela Praieira Filmes com direção de Carito Cavalcanti, o documentário eterniza as trocas de saberes que percorreram diversas vertentes musicais, dos beats eletrônicos à música instrumental, do clássico ao popular. Assista aqui.
Durante os encontros, os artistas falaram sobre suas trajetórias e sobre a relação com a música. “Eu sou músico desde a idade de vocês. Foi nessa fase que eu realmente decidi que a arte me chamou”, dividiu Gabriel Souto com os alunos da E. E. Almirante Newton Braga de Faria. Tiquinha Rodrigues, no Instituto Padre Miguelinho, também falou sobre como a música mudou sua vida: “Morei muitos anos na Cidade da Esperança, num período que eu vivia entre a violência e a arte. E 32 anos depois estou aqui falando sobre arte e cultura”.
Nesta edição, estiveram entre os representantes da música eletrônica Brisa, DJ Samir, Gabriel Souto, Pajux, Tinoc, Um2 e Elisa Bacche, que mistura timbres eletrônicos com percussão ao vivo. Jow Ferreira Trio, Tiquinha Rodrigues e Pau e Lata representaram o clássico e o popular. Priscila Matos levantou a bandeira do choro, enquanto Jubileu Filho levou a música instrumental brasileira. Frevo do Xico levou conhecimento sobre um dos mais importantes ritmos do Nordeste, enquanto Cajú com Jazz trouxe os acordes deste elegante gênero e Eduardo Taufic representou o piano popular.
FICHA TÉCNICA DOCUMENTÁRIO:
Direção, Roteiro, Fotografia, Som Direto, Texto e Edição: Carito Cavalcanti
Finalização: Levi Herrera
Imagens Adicionais: Justino Neto e Taline Freitas
Narração: Nara Kelly
Legendagem: Babi Baracho
Música Específica do Documentário: End of Days Ambient Ethereal Voice (Licença Audiojungle)
Produtora Audiovisual: Praieira Filmes
Natal/RN, 2023
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Sobre o MADA
Idealizado pelo produtor cultural, Jomardo Jomas, o Festival MADA estreou em 1998 e alavancou o histórico bairro da Ribeira, em Natal (RN), para o holofote nacional. Logo de início, o evento integrou o primeiro calendário brasileiro de festivais, ao lado de Abril pro Rock, Porão do Rock, Goiânia Noise e outros tantos pioneiros.
A produção privilegia a música contemporânea e de vanguarda, inserindo o pop, rap, a mpb e indie em seus diversos sotaques, identidades e estilos. Esse equilíbrio fez do MADA o evento musical de maior público do Rio Grande do Norte e um dos maiores do Brasil. Os palcos lado a lado, idênticos, são exemplo de respeito aos artistas e se equipara às normas de políticas públicas para a cultura — que é oferecer as melhores condições para a atração, independente do seu alcance midiático.
Diferentes lugares já sediaram o festival, como o bairro histórico Ribeira (1998 a 2003), a Arena do Imirá na beira mar da Via Costeira (2004 a 2011), o bairro das Rocas (2012 e 2013) e o estádio de futebol Arena das Dunas (2014 a 2022). Ao longo de sua trajetória, o MADA realizou shows de mais de 700 bandas e artistas independentes, grandes atrações nacionais e internacionais.