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‘Poxa, dentro do hospital?’, questiona família de paciente que morreu em leito após ser atingido por bala perdida em Vitória


Daniel Ribeiro Campos da Silva estava internado no hospital há 2 anos por causa de um AVC. Familiares pediram mais investimento em segurança pública. Paciente morre após ser atingido por bala perdida dentro de hospital em Vitória
Revoltada, a família de um paciente de 68 anos que estava internado em um hospital em Vitória e foi morto após ser atingido por uma bala perdida no domingo (25), ainda se questiona como a bala atravessou a parede do hospital e acertou Daniel Ribeiro Campos, que estava em um leito.
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Familiar da vítima, a perita criminal aposentada Jerusa Durr Aguiar contou que foi acordada logo cedo com a notícia de que algo grave teria acontecido com Daniel.
“Minha filha me ligou logo cedinho dizendo que Daniel tinha falecido. Aí eu falei: ‘foi feita a vontade do Senhor’. Mas ela falou: ‘não, mãe, ele foi morto com um tiro na cabeça’. Eu falei: mas como, entraram no hospital, foi assalto, o que que foi?’. Ela não tinha detalhes, minha filha já estava na DHPP e eu fui pra lá”, relatou Jerusa.
Paciente morre em leito de hospital após ser atingido por bala perdida
Reprodução/TV Gazeta
A perita disse que quando as filhas foram até o hospital para saber o que tinha acontecido, chegaram no local com o tiroteio ainda acontecendo.
“Minha nora, às 4h da manhã, recebeu uma ligação do diretor da clínica onde o Daniel estava internado pedindo que ela fosse para lá urgente. Ela perguntou se ele tinha falecido, mas ele só respondeu que ela fosse urgente pra lá. Quando ela chegou, ainda estava tendo muito tiroteio, tinham dezenas de viaturas”, explicou.
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Daniel estava internado no hospital há 2 anos por causa de um AVC hemorrágico, mas Jerusa comentou que ele sempre reagia com a visita dos parentes.
“Ele teve um AVC hemorrágico. Estava há 2 anos, ele era lúcido, ele não conseguia verbalizar, mas entendia tudo. Chorava com a gente chegava, fazia positivo. Tinha vídeo dele com o fisioterapeuta trabalhando. Ele não fazia caminhada, mas ia de cadeira de rodas tomar sol”, comentou a perita.
Noite de terror em Gurigica, Vitória
A família disse que estava indignada e cobrou mais investimento em segurança pública.
“Estou arrasada, ele era como um pai pra mim. Não caiu a ficha. A gente pensa: ‘poxa, dentro de um hospital?’ Não caiu a ficha. Como respeito, mas sem medo, eu questiono o secretário de Segurança Pública e o governador do estado. Tem que investir mais em Segurança Pública. Não é ficar indo pro WhatsApp e Instagram falando que foi ali. Tem que investir mais para que não ocorro outros Daniel”, desabafou a familiar.
Além disso, a perita disse que vai acompanhar de perto todo o andamento da investigação.
“Eu conversei com o legista, ele retirou o projétil e vai para a balística. Hoje em dia, tá bem adiantado essa parte, pode se comparar. De repente, esse projétil é de alguma arma de anos atrás que foi usada em algum crime, pode-se chegar ao proprietário da arma. Eu vou acompanhar esse caso, porque foi alguém da minha família”, relatou Jerusa.
Lojas que ficavam próximas ao confronto foram atingidas pelo tiroteio
Reprodução/TV Gazeta
A clínica Total Health onde Daniel estava internado lamentou profundamente o ocorrido e disse que está prestando toda a assistência à família do paciente neste momento de dor diante de “um problema de segurança pública que nos atinge de forma tão dura”. A empresa reiterou ainda que tomou todas as providências para garantir rápida assistência e salvar a vida do paciente que, infelizmente, não resistiu.
A Unimed Vitória informou que o paciente vítima de bala perdida era um de seus beneficiários e lamentou o que aconteceu e se solidarizou com todos os familiares.
Noite de terror
Moradores narram a noite de terro em Gurigica, Vitória
De acordo com moradores da região de Gurigica e bairros adjacentes, foi uma noite de terror. Em áudios que circulam nas redes sociais (ouça acima) é possível ouvir muito barulho de disparos seguidos. Um dos moradores também narrou que criminosos ameaçavam atear fogo em veículos estacionados na região.
O Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Alexandre Ramalho, disse em coletiva de imprensa na tarde deste domingo que o tiroteio foi resultado de uma série de ações policiais neste sábado (24).
A primeira delas de uma apreensão de drogas em Gurigica por volta das 18h. Em seguida, segundo o secretário, por volta de 20h, a a polícia é acionada para a ocorrência de um homicídio em São Cristóvão.
“Pelo relato de pessoas que viram o homicídio, tentam sequestrar um individuo, que reage, e ali mesmo no local é efetuado disparos de arma de fogo, calibre 556, fuzil e pistola. Ele vem a falecer ali, atrás do posto de gasolina, na subida de São Cristóvão”, destacou Ramalho.
Criminosos jogaram objetos na rua para atrapalhar a ação policial em Vitória
Reprodução/TV Gazeta
Já às 21h de sábado a polícia atende mais um ocorrência.
“Um confronto armado com um individuo que é alvejado na perna no Morro do Macaco. Ele é socorrido. Ele estava fortemente armado e também com uma quantidade de drogas”, disse.
Antes do tiroteio que causou a morte do paciente começar, mais uma ocorrência foi registrada.
“Às 23h28, a gente recebe a notícia de um jovem de 16 anos que foi espancado. AÍ começa a ocorrência que nós não entendemos o porquê desse espancamento, nós estamos ainda em diligências. Esse jovem de 16 anos, vítima de espancamento. E, possivelmente, por causa desse espancamento, esse jovem vem a óbito. Ele foi atendido no Hospital Estadual São Lucas, também em Vitória”, disse o secretário.
Ainda de acordo com Ramalho, por volta de 2h37 a corporação recebeu a informação de que criminosos haviam tomado a avenida Leitão da Silva, em Vitória, e foi necessário acionar reforço de outras guardas da Grande Vitória, além do Batalhão de Missões Especiais (BME).
“Às 3h39, nós recebemos a triste notícia do falecimento do senhor Daniel”, disse o secretário.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, publicou em uma rede social que está acompanhando o caso junto às forças de Segurança.
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Confira as notas na íntegra:
A Total Health lamenta profundamente o ocorrido e informa que está prestando toda a assistência à família do paciente neste momento de dor, diante de um problema de segurança pública que nos atinge de forma tão dura. A empresa reitera ainda que tomou todas as providências para garantir rápida assistência e salvar a vida do paciente que, infelizmente, não resistiu e veio a óbito. A empresa segue à disposição da família e das autoridades competentes para prestar esclarecimentos.
A MedSênior esclarece que o paciente atingido por um tiro na madrugada deste domingo estava internado nas instalações de uma clínica de cuidados paliativos instalada no Life Vix Mall, na avenida Leitão da Silva, em Vitória. É importante ressaltar que a clínica não faz parte da MedSênior, sendo uma entidade distinta e independente. Por estar localizado nas proximidades, o Hospital MedSênior foi acionado para prestar apoio no atendimento da vítima, que chegou a dar entrada no hospital, mas, infelizmente, já tinha ido a óbito.
A Unimed Vitória informa que o paciente vítima de bala perdida era um de seus beneficiários e encontrava-se em tratamento em uma das clínicas que fazem parte de sua rede de prestadores. A cooperativa lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com todos os familiares. Por tratar-se de um caso de segurança pública, esperamos que as autoridades tomem as devidas providências para garantir a segurança dos cidadãos.
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