Para grupos de direitos humanos, atitude dos oficiais reflete racismo sistêmico das autoridades francesas. Manifestantes vão às ruas na França, e polícia tenta reprimir protestos
Manifestantes dispararam fogos de artifício contra a polícia e incendiaram carros no subúrbio parisiense de Nanterre, horas depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, lamentou a morte de um adolescente durante uma abordagem de trânsito. A morte do jovem é “indesculpável”, afirmou o líder nesta quarta-feira (29).
O uso da força letal pelos policiais contra o adolescente, que era de origem norte-africana, corrobora uma percepção já enraizada em parte da população de que a brutalidade policial é maior nos subúrbios etnicamente diversos das maiores cidades da França.
Grupos de direitos humanos alegam racismo sistêmico dentro das forças policiais na França, uma acusação que Macron já negou anteriormente.
A polícia entrou em confronto com manifestantes na cidade de Lille, no norte, e em Toulouse, no sudoeste. Também houve agitação em Amiens, Dijon, e no departamento administrativo de Essone, ao sul da capital francesa, disse um porta-voz da polícia.
Um policial está sendo investigado por homicídio por atirar contra o jovem. Os promotores dizem que o jovem não parou o carro quando foi solicitado durante a abordagem.
O Ministério do Interior pediu calma e disse que 2 mil policiais foram mobilizados na região de Paris.
França tem segunda noite de protestos após polícia atirar em adolescente
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