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Suspeito de invadir igreja e furtar itens religiosos é localizado em Parapuã; ‘iria vender ou trocar os objetos por droga’, diz delegado


Rapaz, de 22 anos, foi identificado um dia após o crime. Televisor furtado não foi encontrado. Duas âmbulas furtadas foram encontradas próximas à Igreja Matriz, em Parapuã (SP)
Marcos Roberto Marques Ortega
O homem, de 22 anos, suspeito de invadir e furtar itens religiosos da Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, foi localizado pela Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (7), no Centro, em Parapuã (SP), um dia após o crime ter sido cometido.
De acordo com as informações repassadas ao g1 pelo delegado responsável pelas investigações, José Luís Junqueira, o homem “foi identificado, localizado e conduzido à Delegacia de Polícia de Parapuã, onde, durante interrogatório, confessou a prática criminosa”.
“[O suspeito] responderá a processo criminal pelo crime de furto qualificado, podendo receber pena de até 8 anos de reclusão”, explicou.
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‘Sentimento de impotência, de ter sido violado, ultrajado’, diz padre de igreja que teve itens religiosos furtados durante a madrugada
Ainda conforme Junqueira, o suspeito irá responder em liberdade, pois “não se trata mais de situação flagrancial”.
“Trata-se de usuário de crack, que iria vender ou trocar [os itens furtados] por droga. [Ele] mora com a avó e já tem algumas passagens, quando ainda era menor de idade, por agressão física e outra por porte de drogas”, adicionou ao g1.
O delegado ainda explicou que o prosseguimento das investigações será feito com o objetivo de “localizar o receptador do televisor furtado, já que os demais objetos já foram restituídos”.
‘Sentimento de impotência’, diz padre
Conforme o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia da Polícia Civil, o padre Marcos Roberto Marques Ortega chegou à Igreja Matriz para realizar as orações matinais e notou que a porta lateral estava danificada e com sinais de arrombamento. Ao entrar no templo, o religioso percebeu que haviam sido subtraídos uma televisão de 32 polegadas, três âmbulas, que são recipientes que armazenam as hóstias, e uma teca, em que são guardadas as hóstias maiores.
Em entrevista ao g1, nesta sexta-feira, o pároco contou que o sacrário também foi violado e estava no chão.
“Quando cheguei lá à igreja, eu vi as hóstias espalhadas pelo chão e o sacrário arrombado. Eu senti um sentimento de impotência, de ter sido violado, ultrajado com aquilo que é sagrado para nós ter sido zombado, sem respeito nenhum”, disse Ortega.
Ainda segundo o padre, a comunidade católica ficou assustada diante do crime contra a Igreja Matriz.
“Essa situação deixou principalmente a comunidade católica chocada. Nós nos sentimos violados. Violados nos nossos direitos do sagrado. Alguém adentrou a nossa casa e usurpou aquilo que é sagrado. Muito triste mesmo”, lamentou ao g1.
Itens religiosos da Igreja Matriz de Parapuã (SP) foram furtados na madrugada desta quinta-feira (6)
Marcos Roberto Marques Ortega
O padre acredita que o criminoso se machucou no momento em que tentava danificar o sacrário, já que encontrou manchas de sangue espalhadas no local.
“É só um latão dourado. Inclusive, ele se machucou, ele se cortou, porque tinha sangue ali também. Ele esqueceu algumas ferramentas, que também tinham sangue. Eu acredito que essa pessoa não tinha ciência do que estava fazendo, porque, se fosse um ladrão profissional, iria saber que é latão e não tem valor”, ressaltou o líder religioso.
A ocorrência foi registrada como furto qualificado, conforme o artigo 155 do Código Penal. A pena pode variar de dois a oito anos de reclusão, e multa, pois o crime foi cometido “com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa” e “durante o repouso noturno”.
Reparação ao sagrado
Quando os crimes ou atos de violações são registrados nas igrejas, o padre deve comunicar o bispo responsável pela paróquia. Neste caso, o bispo da Diocese de Marília (SP), Dom Luiz Antônio, que coordena a paróquia em Parapuã, foi acionado e estará na cidade para ministrar uma missa em “reparação pelo sagrado”.
“Quando isso acontece, o bispo precisa ver e celebrar uma missa em reparação ao sagrado, porque o sagrado foi violado. Então, ele precisa vir, tem uma missa especial. Quando acontece alguma situação assim, a gente precisa avisar ao bispo Dom Luiz. Se roubar uma geladeira na casa paroquial, eu vou comunicar também, mas o procedimento é outro. Agora, no caso do sacrário, que é Jesus para nós, é uma violação”, ressaltou Ortega.
O sacerdote lamentou que o local religioso não foi respeitado e sofreu danos diante do crime.
“Nós, como cristãos, temos de respeitar a fé dos outros e os outros têm de respeitar a nossa, são direitos iguais. Eu percebi que a casa de Deus foi tanto faz como tanto fez, foi muito frustrante tudo aquilo”, finalizou Ortega.
A celebração religiosa em alusão ao reparo do sagrado será realizada neste domingo (9), às 19h, na Igreja Matriz.
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