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Dia do chocolate: mulheres empreendem e mantêm tradição familiar de produzir chocolates com produtos da Amazônia


Esse produto tão amado e desejado, está transformando a vida de várias famílias. Chocolates Vovó Bel
Reprodução
Chocolate, um produto tão amado e desejado, está transformando a vida de mulheres empreendedoras da Amazônia. As marcas Chocolate Vovó Bel e Arauaia Cacau de Origem vem conquistado os amantes por doces e incentivado a economia criativa, além de oferecer renda familiar a várias famílias.
Neste Dia Mundial do Chocolate, celebrado em 7 de julho, vale a pena conhecer como esse produto tem impactado positivamente a vida de mulheres da região norte e como o empreendimento tem passado por gerações, movendo pessoas e gerando renda para diversas famílias.
Décadas de Produção
A marca Chocolates Vovó Bel surgiu a partir da mãe de Dona Abilene, dentro da comunidade de Canaã, onde ela produzia chocolates para distribuir às crianças da região. Ela desenvolveu uma técnica de produção de chocolates caseiros que foi transmitida à sua família e agora é reproduzida pela filha.
Dona Abilene Pereira de Brito, tem 60 anos e continua produzindo doces, sempre buscando oferecer as melhores barras de chocolate artesanal. A produção envolve matérias primas cultivadas na região por agricultores familiares parceiros e conta com o apoio do Projeto Tipitix, desde 2021 quando tudo iniciou.
A primeira produção foram barrinhas de chocolate com 30% e 60% de cacau, atualmente amplia sua linha de produtos, participando do 4º ciclo com as cápsulas de chocolate com capuccino.
Chocolates Vovó Bel
Reprodução
A comercialização das barrinhas já trouxe benefícios significativos para a renda familiar de Abilene, contando com o auxílio de sua irmã, sobrinho e filhas.
Além disso, o projeto proporcionou o aprimoramento de conhecimentos e habilidades, permitindo que Abilene e sua família desenvolvessem outros produtos, como licores, doces e bombons artesanais de chocolate.
Um aspecto interessante é que os bombons de chocolate com recheios tradicionais produzidos por Abilene utilizam cacau em pó feito em pilão de madeira, conferindo um toque diferenciado aos produtos.
Além de sua própria produção de cacau, Abilene envolve outros agricultores da região na cadeia de produção, estabelecendo parcerias para adquirir cacau adicionalmente.
União de Famílias
Outra empreendedora notável é Elene Elda, uma mulher ribeirinha que trabalha com o cacau da variedade Forasteiro. Ela e sua família realizam, de forma tradicional, todas as etapas da produção de chocolate, desde a colheita dos frutos até a fermentação, secagem das amêndoas e preparação do chocolate.
O chocolate em pó produzido por Elene celebra sua origem e leva em sua marca o nome e os sabores do rio Arauaia. Feito apenas com puro nibs de cacau e açúcar, sem conservantes, glúten ou lactose, o chocolate possui um sabor intenso, sendo as amêndoas ribeirinhas o seu principal ingrediente.
Arauaia Cacau de Origem
Reprodução/Redes Sociais
Essas mulheres empreendedoras estão não apenas mantendo a tradição familiar de produzir chocolates com produtos da Amazônia, mas também contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região.
Apoiadas pelo Projeto Tipitix, elas estão fortalecendo seus negócios, promovendo a preservação ambiental e valorizando as riquezas naturais e culturais da Amazônia.
Suas iniciativas são um exemplo inspirador de como é possível empreender de forma sustentável, preservando as tradições e impulsionando a economia local.
Chocolate e sua origem
O dia do chocolate é comemorado internacionalmente, isso ocorre porque marca a chegada do produto na Europa no século 15. Pelo clima e solo serem favoráveis ao plantio, as lavouras de cacau prosperaram na Bahia.
De lá para cá, o chocolate se tornou o queridinho dos brasileiros. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a sua produção no país alcançou 511 mil toneladas em 2021.
Segundo a Embrapa, na Região Norte essa produção ficou em 150 mil, sendo o Pará responsável por 96% do total regional.
Chocolate e sua origem
Reprodução
O estado nortista é o maior produtor nacional desse fruto, com 1,8 bilhão dos cerca de 3.5 bilhões movimentados no País em 2020, e 70% do cultivo é feito em áreas degradadas, majoritariamente por agricultores familiares e em sistemas agroflorestais.
Em porcentagem, o Pará produz 50% do cacau brasileiro e está entre os dez maiores pólos cacaueiros do mundo.
Natural das áreas de várzea, o cacau é manejado há mais de 400 anos na região do Baixo Tocantins, mas foi na região da Transamazônica, com os plantios em terra firme, que essa cultura ganhou maior expressão.
Cerca de 80% da produção de cacau do estado está na região da Transamazônica, do município de Novo Repartimento até Uruará, sendo Medicilândia o epicentro do pólo cacaueiro do Pará. Outros municípios que se destacam são Altamira, Placas, Anapu, Brasil Novo, Vale do Xingu, Tucumã e Tomé-Açú.
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