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Morcego invade apartamento na Batista Campos e morde adolescente, em Belém


Théo Giusti, de 16 anos, precisou de quatro doses de vacina antirrábica, uma dose de antitetânica e do soro antirrábico. Especialista alerta para riscos de ataque de morcegos em áreas urbanas. Marca da mordida no ombro de Théo à direita; à esquerda, ele com a mãe, Desiree.
Arquivo pessoal
O adolescente Théo Giusti, de 16 anos, foi mordido no ombro por um morcego enquanto dormia, dentro do próprio quarto, no apartamento em que mora com a mãe, Desiree Giusti, em Belém. Aflita com a situação, a mãe compartilhou o relato nas redes sociais na quinta-feira (6).
Desiree contou que ela e o filho viram o animal entrar na residência na quarta-feira (5). No quarto, ao acordar no meio da madrugada, o jovem se assustou com o barulho do bater das asas do mamífero voador. Inicialmente, ele achou que se tratava de um inseto, mas, após acender uma luminária, Théo viu que era um morcego.
“Ele estava dormindo e ficou com muito medo. Fechou tudo quando viu o morcego saindo. Lá em casa a gente dorme com tudo aberto, porque é bastante ventilado. Agora estamos fechando tudo”, relatou a mãe, que continuou:
“No outro dia, amanheceu, ele sentiu um leve incômodo e foi olhar no espelho, aí viu a mordida”, compartilhou Desiree.
Susto e correria
A mãe relatou que o adolescente correu para mostrar à ela e pesquisar na internet o que poderia ocorrer quando um humano é mordido por um morcego: contrair raiva.
“Fiquei nervoso e muito preocupado com a doença que poderia ter”, lembrou Théo.
“Achei alguns sites do governo falando que precisa ser feito imediatamente a vacina antitetânica, antirrábica e o soro”, falou Desiree, que levou o filho à Unidade Básica de Saúde do bairro do Jurunas, onde foi orientada apenas a observar o animal.
Não contente com a resposta, ela foi até o Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti (PSM), onde Théo poderia receber o soro antirrábico.
“Mas precisava fazer uma medicação pré-soro, a dexametasona, que estava em falta no PSM. Voltamos para casa. Eu já aflita, porque é super grave o contato com morcego”, falou.
Desiree precisou levar o filho ao atendimento particular para ele receber a dexametasona e voltar ao PSM, para tomar o soro antirrábico.
“Jamais imaginava passar por isso. Fiquei muito preocupada e angustiada mesmo. O mais importante nessa situação toda é o acesso rápido à informação correta, porque aí podemos ir atrás do tratamento adequado e não correr nenhum risco. Só fiz o tratamento adequado no meu filho porque fui atrás de informação”, destacou.
Solução
Nas redes, a mãe fez questão de compartilhar as orientações que recebeu de um infectologista:
“Depois de muita informação errada, preocupação e neura, fui orientada por um infectologista e a conduta é a seguinte:
– quatro doses de vacina antirrábica
– uma dose de antitetânica
– e o soro antirrábico (esse soro só pode ser tomado uma vez na vida)”
O infectologista Lourival Marsola confirmou as instruções e disse que
“Mesmo com toda a confusão me senti um pouco mais tranquilo depois que tomei as vacinas, e agora que tudo passou e tenho certeza que estou protegido, estou achando que é uma história até engraçada que vou ter para contar”, falou Théo.
A mãe rebateu e brincou:
“Ele acha uma história engraçada. Eu achei pavoroso.”
Sobre a falta de dexametasona no PSM, o g1 procurou a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), para entender o motivo da falta e se existe alguma previsão para o abastecimento da medicação, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.
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