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Pesquisador defende Minha Casa, Minha Vida para recuperar prédios com risco de desabar; ministro das Cidades diz que projetos serão analisados

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Em três meses, dois prédios desabaram no Grande Recife. Carlos Wellington Pires explica que o Itep desenvolveu técnicas para recuperar a estrutura dos prédios e evitar desmoronamentos. ‘Demolição é a última opção’, diz pesquisador sobre prédios com risco de desabamento
Pesquisador que acompanha, desde os anos 1990, a situação dos prédios caixão no Grande Recife, o engenheiro Carlos Wellington Pires, do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) e professor da Escola Politécnica de Pernambuco da UPE, defendeu que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida – relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 13 de julho – seja usado para promover a recuperação de edifícios com risco de desabamento no Grande Recife(veja vídeo acima).
Segundo o ministro das Cidades, Jáder Filho (MDB), a inclusão dos imóveis no programa é possível, mas vai depender da segurança do projeto de recuperação.
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Carlos Wellington lembrou que, entre as novas modalidades do Minha Casa, Minha Vida, está uma faixa que prevê a destinação de recursos para a requalificação de construções degradadas em áreas urbanas.
“Fazendo um projeto e encaminhando ao órgão financiador, como o banco, por exemplo, com o Minha Casa, Minha Vida, o morador, que vai ser o mutuário, vai [poder] entrar no programa de financiamento. […] É bem viável. Não quer dizer que a prefeitura vai arcar, mas o morador vai entrar no Minha Casa, Minha Vida para a sua habitação. […] O que não pode é tirar o morador e ele ficar sem saber para onde vai”, argumentou Carlos Wellington Pires, em entrevista à TV Globo.
A discussão sobre os problemas desse tipo de moradia voltou a repercutir na sociedade depois que duas edificações desabaram em menos de três meses no Grande Recife. No caso mais recente, em Paulista, 14 pessoas morreram. Em abril, foram seis mortes, após a queda de parte do Edifício Leme, em Olinda.
Parte do Edifício Leme, em Olinda, desabou em 27 de abril de 2023 (arquivo)
Reprodução/TV Globo
Segurança do projeto
Ministro explica critérios para aprovação de projetos no Minha Casa, Minha Vida Urbano
O ministro das Cidades, Jáder Filho, explicou, em entrevista à TV Globo durante visita ao Recife esta semana, que há duas modalidades previstas para requalificar unidades habitacionais degradadas (veja vídeo acima). Uma delas, chamada de retrofit, é voltada para imóveis que perderam o uso social em centros urbanos. A outra, que ainda não foi aberta para cadastramentos, vai contemplar entidades ligadas a movimentos de defesa da moradia.
“Se esse prédio que, por alguma razão, ruiu estiver numa área dentro das especificações – e a gente vai dando uma pontuação – nós vamos avaliar se o projeto é seguro, se tem varanda, se tem biblioteca, se o material utilizado nele está dentro das especificações”, informou o ministro.
“No Minha Casa, Minha Vida Urbano, mais tradicional, que já começou as contratações, pode ser a iniciativa privada, a prefeitura ou o governo do estado. No caso do Minha Casa, Minha Vida Entidades, são as entidades que lutam pela moradia urbana”, explicou Jáder Filho.
Reforço nas estruturas
Em entrevista à TV Globo, o pesquisador Carlos Wellington Pires contou o Itep identificou, nos anos 2000, cerca de 5,3 mil prédios do tipo caixão na Região Metropolitana. Na época, eles abrigavam, aproximadamente, 10% da população do Grande Recife.
“Nós fizemos um projeto de pesquisa, financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que durou entre 2004 e 2009; identificamos três modelos de reforços que podem ser utilizados nesses prédios. Inclusive, na parte prática, já acompanhamos alguns projetos que desenvolvemos e não é muito caro. Varia entre R$ 25 mil e R$ 35 mil por apartamento”, disse o pesquisador.
O engenheiro explicou ainda que os problemas de instabilidade presentes nas habitações se concentram, especialmente, na fundação e no primeiro pavimento. Os modelos de reforços, de acordo com o pesquisador do Itep, incluem telas de argamassa, cantoneiras intertravadas nos cantos das alvenarias e proteção das fundações com uso de concreto.
Carlos Wellington Pires defende que a recuperação dos prédios é o caminho mais adequado para as construções, pois mantém a ocupação urbana nas regiões e evita o que ele classifica de “vazios urbanos”, que acabam sem uso após o abandono e a demolição dos imóveis. “A solução é recuperar. Enquanto ninguém derrubar o prédio, é possível recuperar”, defendeu o pesquisador.
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