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Com fim dos descontos no carro zero, SUVs e picapes vendem mais e hatches, menos

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Agosto foi o primeiro mês sem efeitos claros do programa de incentivos do governo federal. Segundo a Anfavea, foram 208 mil carros vendidos, contra 226 mil no mês de julho. Jeep Compass 2022 1.3 turbo
Divulgação
Com o fim do programa do governo federal de descontos no carro zero, os SUVs e picapes ganharam participação nas vendas totais de veículos no mês de agosto, enquanto os hatches perderam espaço na sua fatia de mercado.
Os dados são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta terça-feira (5).
O programa de redução de preços de veículos do governo federal tinha como foco a venda de carros populares. Os descontos, portanto, foram de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros de pequeno porte, com valor total de até R$ 120 mil.
Inicialmente, o prazo previsto era de quatro meses, mas os recursos terminaram depois de apenas um mês. A estimativa do governo é que 125 mil veículos tenham sido vendidos, após liberação de R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões previstos em descontos para a modalidade.
Com preço menor em carros de entrada, a venda de hatches subiu nos últimos meses, enquanto SUVs e picapes tiveram queda. No mês de agosto, contudo, a tendência se inverteu.
Veja abaixo:
HATCHES
20,8% em maio;
25,2% em junho;
28,6% em julho;
22,7% em agosto.
SUVs
42,2% em maio;
39,9% em junho;
38,1% em julho;
40% em agosto.
PICAPES
20,8% em maio;
18,1% em junho;
16% em julho;
19,1% em agosto.
As ondas aconteceram porque, em geral, os hatches têm preços mais baixos e passaram pelo teto definido pelo governo. Não é o caso de boa parte dos SUVs e das picapes no mercado brasileiro. Já os sedãs tiveram pouca variação no período, por terem faixas variadas de preço.
Vendas caem, mas produção sobe
As vendas de veículos caíram 8% no mês de agosto, primeiro mês desde o fim do programa do governo federal de descontos no carro zero. Foram 208 mil carros vendidos, contra 226 mil no mês de julho.
Agosto foi o primeiro mês sem efeitos claros do programa de incentivos do governo federal, mas, ainda assim, foi o segundo melhor mês deste ano em vendas do ano. Com os descontos, a média diária de vendas em julho chegou a 10,7 mil veículos. Em agosto, foram 9 mil vendas diárias.
A produção de veículos, por outro lado, teve aumento de 24% em agosto, com a redução dos estoques no mês anterior. Foram 227 mil veículos produzidos, contra 183 mil no mês de julho. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 4,6%.
No acumulado do ano, houve queda de 0,4% em relação à mesma janela do ano anterior. Foram 1,542 milhão de veículos produzidos agora, contra 1,549 milhão em 2022.
“A ausência da parada de fábricas é um sinal muito positivo em relação ao que vivemos nos últimos anos”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
Segundo Lima Leite, parte do resultado foi ajudado pelas exportações. O executivo aponta para um crescimento expressivo de vendas para o México, que representa hoje 31% das exportações de veículos brasileiros. Em seguida, vem a Argentina, com 29% de participação, seguida de Colômbia (10%) e Chile (6%).
“O México tem recebido investimentos expressivos nos últimos anos. O país está crescendo muito, tem investimentos vindos da China e de países asiáticos. Vive um outro momento em termos de indústria automotiva, mas tem impacto direto no Brasil em função do nosso acordo de livre comércio”, diz.

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