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‘MORRERAM ASFIXIADOS’: Perícia revela o que provocou a morte de 4 jovens em BMW, em Balneário Camboriú

Durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da Secretaria de Segurança Pública nesta sexta-feira, 12 de janeiros, autoridades trouxeram à tona informações cruciais sobre a morte de quatro jovens em uma BMW. A conclusão da investigação revelou que a causa dessas tragédias foi asfixia, decorrente da elevada concentração de monóxido de carbono no sangue.

O evento contou com representantes da Secretaria de Segurança Pública, Polícias Científica e Civil, além da Superintendência de Urgência e Emergência da Secretaria da Saúde.

Fotos: Arquivo/Divulgação

De acordo com as autoridades, três das vítimas apresentaram mais de 50% de monóxido de carbono no sangue, enquanto uma delas registrou 49%. Esse elevado nível foi determinante para as quatro mortes, causando convulsões e tornando-se extremamente perigoso.

A Perita Criminal e bioquímica, Bruna de Souza Boff, esclareceu que, embora o monóxido de carbono seja inalado em ambientes abertos sem causar intoxicação, ele pode ser letal em locais fechados, sendo que acima de 40% já é geralmente suficiente para causar a morte.

A retrospectiva das mortes envolveu um trabalho integrado entre as autoridades, com 18 exames laboratoriais, a participação de 22 profissionais diretamente envolvidos e o trabalho de seis áreas técnicas distintas.

Os peritos constataram que as vítimas não apresentavam sinais de violência, e o ar-condicionado do veículo estava ligado a 27ºC no momento do acidente.

Entretanto, os exames mecânicos revelaram adulterações no veículo, incluindo alterações no catalisador, uma tubulação inadequada ligada ao escapamento, modificações na parte média do escapamento para gerar mais ruídos, alterações no silenciador e a presença de um chip de potência.

A investigação concluiu que houve uma adulteração no downpipe, uma tubulação conectada ao escapamento, que, neste caso, resultou em vazamentos significativos de monóxido de carbono, levando às quatro mortes. O perito criminal Luiz Gabriel Alves de Deus explicou que as alterações tornaram o veículo mais barulhento e potente.

O diretor de medicina legal e perito médico legista, Fernando Oliva da Fonseca, ressaltou que os corpos apresentavam sinais de asfixia, e as manchas observadas indicaram intoxicação por monóxido de carbono. Os exames, incluindo testes de monóxido de carbono no sangue, confirmaram que os jovens morreram devido à substância.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, os jovens, provenientes de Paracatu (MG), viajaram para Florianópolis, onde passaram o Natal, e, na virada do ano, foram para Balneário Camboriú. Na cidade litorânea, passaram o dia na praia, consumindo um cachorro-quente sem ingerir líquidos, conforme relataram testemunhas.

Tiago de Lima Ribeiro, de 21 anos, estava ao volante e já havia manifestado náuseas no trajeto entre Florianópolis e Balneário Camboriú, mas não permaneceu exposto ao monóxido de carbono por um longo período, o que não resultou em sua morte.

Segundo o Delegado-Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, a BMW não será responsabilizada, pois foram feitas adulterações no veículo. Portanto, a investigação conclui que não se trata do carro original vendido pelo fabricante.

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