• https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul

     
  • New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

‘Não conseguia mexer quase nada’: mulher fica tetraplégica após diarreia; entenda

Uma semana após sentir desconfortos abdominais seguidos de uma leve diarreia, Valéria Amaral, de 39 anos, ficou tetraplégica. Segundo o UOL, ela mora em Brasília, no Distrito Federal, e acordou com os braços dormentes, no entanto, imaginou que poderia ter dormido por cima deles. Quando levantou para escovar os dentes, trocar de roupa e fazer o café, não sentiu mais os dedos.

Mulher ficou tetraplégica após ter diarreia

Mulher fica tetraplégica após leve diarreia: ‘não conseguia mexer quase nada’ – Foto: Valéria Amaral/Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

“Fui fazer café e não conseguia acender o fogão nem digitar no celular. Ainda andava, mas achei estranho e fui ao hospital”, lembra Valéria, que é jornalista, ao UOL.

A mulher passou por uma bateria de exames. Os médicos acreditavam que ela poderia estar sofrendo de AVC (acidente vascular cerebral). Em outra hipótese, o problema de Valéria era a síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune rara que afeta os nervos do sistema nervoso periférico, prejudicando os movimentos do corpo.

Após ficar 2h30 realizando o exame de ressonância magnética, foram descartados possíveis problemas na coluna. Porém, assim que tentou sair da maca, Valéria não conseguiu se mexer. “Nem consegui passar de uma maca para outra”, disse.

Com isso, a equipe médica começou a desconfiar mais da síndrome, que foi diagnosticada com auxílio de um exame de punção na lombar para análise do líquor (líquido cefalorraquidiano). “Depois disso, foi só ladeira abaixo. Em horas, minha vida mudou”, conta.

Em seguida, ela foi encaminhada para a UTI. Ela relata que não imaginava o que era a síndrome e nem conseguia mexer no celular para pesquisar algo. Além disso, pensou que tudo aquilo era um exagero e que logo iria para casa.

“No final do mesmo dia, não mexia quase nada. Não sentava mais sozinha. Colocaram fralda e um acesso venoso para medicação. A enfermeira dava comida na minha boca.”

O sistema imunológico começa a atacar uma parte do corpo

A síndrome de Guillain-Barré é considerada uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico começa a “atacar” uma parte do corpo.

Toda o processo da doença ocorre da seguinte forma: os anticorpos são produzidos para lutar contra algum invasor (bactéria ou vírus), o corpo tem uma resposta intensa e, neste caso, acaba atacando células do nervo periférico, que são responsáveis pelo movimento e sensibilidade dos músculos.

As pessoas que possuem a síndrome podem sofrer esses ataques na bainha de mielina ou no axônio, que é a parte do neurônio que envia mensagens ao corpo, esse é o caso de Valéria e é o mais grave.

Principais informações sobre Guillain-Barré

Esse “ataque” no sistema imunológico deixa lesões nas regiões cerebrais, que podem ser de transitórias ou duradouras. E, isso resulta em alguns sintomas.

Segundo o neurologista e professor de medicina da Faculdade Pitágoras de Eunápolis, na Bahia, Frederico Lacerda, a lesão pode provocar a destruição da função do nervo periférico, assim impossibilitando que os sinais elétricos que vem do cérebro se encaminhem até os músculos.

Conforme os médicos, a recuperação depende de cada paciente. A síndrome tem como característica a piora aguda e progressiva e, em seguida, a melhora.

Pesquisas apontam que quase 50% dos pacientes se recuperam totalmente em até seis meses após a manifestação da síndrome, como foi o caso de Valéria.

Mas qual a relação com a diarreia?

Infecções respiratórias e gastrointestinais podem desencadear a síndrome, além do zika vírus, dengue, sarampo, citomegalovírus, medicações e vacinas.

Os pesquisadores apontam que um dos agentes causadores mais comuns é a “Campylobacter“, causadora da diarreia.  “Quando a condição é causada após um quadro de diarreia, por exemplo, ela costuma ser mais grave”, afirma o neurologista.

Porém, ele alerta que esse caso é uma condição muito rara, então nem todos que tiverem problemas com diarreia vão desenvolver a síndrome. De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência anual da síndrome é de 1 a 4 casos por 100 mil habitantes, com pico entre 20 e 40 anos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.
#sosriograndedosul
Essa é uma oportunidade simples, segura, efetiva (e afetiva) de estender a mão e oferecer ajuda a pessoas que estão passando por dificuldades inimagináveis no Rio Grande do Sul, após as chuvas que castigaram o Estado.
Mais do que uma simples contribuição financeira, sua doação é um gesto de cidadania, solidariedade e humanidade. É a oportunidade de ser a luz no momento mais difícil de alguém.

 

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/sos-chuvas-rs-doe-para-o-rio-grande-do-sul