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Estudo mostra sinais cerebrais da dor crônica, abrindo caminhos para tratamentos

As descobertas podem indicar onde dispositivos de manejo dos sintomas devem ser implantados no futuro

Cientistas descobrem sinais cerebrais de dor crônica – Andrea Danti/Adobe Stock

Pesquisadores registraram pela primeira vez os padrões de disparo do cérebro quando uma pessoa sente dor crônica, abrindo caminho para que dispositivos implantados no futuro prevejam sinais de dor ou até mesmo causem um curto-circuito neles.

Usando um dispositivo semelhante a um marca-passo colocado cirurgicamente dentro do cérebro, os cientistas registraram quatro pacientes que sentiram dores ininterruptas nos nervos por mais de um ano. Os dispositivos gravaram várias vezes ao dia durante até seis meses, oferecendo pistas sobre onde reside a dor crônica no cérebro.

No estudo, Prasad Shirvalkar, neurologista da Universidade da Califórnia em San Francisco, e seus colegas, usaram eletrodos para medir o padrão de disparo coletivo de milhares de neurônios nas proximidades dos eletrodos.

Os pesquisadores implantaram cirurgicamente os dispositivos de registro em quatro pessoas que viviam com dor há mais de um ano e não encontravam alívio em medicação. Para três dos pacientes, a dor começou após um AVC (acidente vascular cerebral). O quarto teve a chamada dor do membro fantasma depois de perder uma perna.

Pelo menos três vezes ao dia, os pacientes davam uma nota à dor que sentiam e então pressionavam um botão que estimulava seus implantes a registrar sinais cerebrais durante 30 segundos.

Os pesquisadores colocaram eletrodos em duas áreas do cérebro: o córtex orbitofrontal, que ainda não foi muito estudado na pesquisa da dor, e o córtex cingulado anterior, região envolvida no processamento de sinais emocionais.

Os cientistas alimentaram os dados das notas de dor dos pacientes e os sinais elétricos correspondentes em modelos de aprendizado de máquina, que podiam prever estados de dor crônica alta e baixa baseados apenas nos sinais cerebrais.

Os pesquisadores descobriram que certas flutuações de frequência do córtex orbitofrontal eram os melhores preditores de dor crônica. Embora essa assinatura cerebral seja comum entre os pacientes, disse Shirvalkar, cada um deles também mostrou atividade cerebral única.

“Cada paciente realmente tinha uma impressão digital diferente para sua dor”, disse ele.

Tradução Luiz Roberto M. Gonçalves

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