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Adolescentes foram executados por líder do tráfico em briga de bairros rivais

Os adolescentes Wellington Gomes Simão, de 15 anos, Carlos Henrique do Nascimento Trajano, 15, e Kauã Loureiro Correia, 14, encontrados mortos em Sooretama, foram executados por Marcos Vinícius Coutinho de Carvalho, o “Caíque”, líder do tráfico de drogas do bairro Areal, em Sooretama.
Polícia Militar do Estado de São Paulo on X: "A SSP oferece recompensa de  R$ 50 mil por informações que levem à captura de Kaique Coutinho do  Nascimento, conhecido como "Chip". Ele

Areal rivaliza na disputa pelo tráfico de drogas com o bairro Baixada, onde os adolescentes moravam. Por ordem do tráfico, os moradores não podiam frequentar os bairros uns dos outros.

“A motivação é ligada ao tráfico. Está comprovada pra gente a participação do Caíque”, disse o secretário estadual de segurança pública, Alexandre Ramalho. As famílias afirmam que os adolescentes não tinham envolvimento com o crime.

Além de Marcos Vinícius, está preso um motorista de aplicativo, que transportou os adolescentes, e um menor que fugiu de Sooretama para a Serra e foi apreendido em Jardim Carapina na quinta-feira (31).

Na tarde do desaparecimento, 18 de agosto, houve uma tentativa de homicídio em uma barbearia de Areal, em um ataque do tráfico. Um homem foi baleado e sobreviveu. Segundo a Polícia Civil, ele não é do crime, mas tem dois irmãos muito parecidos em aparência, que estão presos por serem do tráfico.

A notícia circulou na região e os três adolescentes, por curiosidade, junto com o irmão mais velho de um deles, foram até Areal saber do crime. De lá, o rapaz foi para a casa da sogra e as vítimas voltariam para suas residências, mas isso nunca aconteceu.

Adolescentes foram executados por líder do tráfico em briga de bairros rivais
Por ordem: Wellington, Kauã e Carlos Henrique. Fotos: arquivo pessoal

Os três foram levados pelo motorista de aplicativo para uma grande área de eucalipto, usada por traficantes para embalar e comercializar drogas. Lá eles foram executados com requintes de crueldade por “Caíque” e enterrados.

Foi nesse carro do motorista, um Etios vermelho, que a polícia encontrou vestígios de sangue e ainda aguarda resultado do exame de DNA para saber se era dos adolescentes.

Aparato de catástrofe

O desparecimento dos adolescentes foi registrado no dia seguinte, 19 de agosto, e um grande aparato de catástrofe, chamado de Sistema de Comando e Operações (SCO), do Corpo de Bombeiros, foi montado em Sooretama quatro dias depois, 23 de agosto, com apoio da Polícia Civil, Defesa Civil, assistente social e psicóloga da Prefeitura.

Áreas foram delimitadas, cães farejadores que auxiliaram nas buscas no terremoto da Turquia e drones foram utilizados. Tudo foi encontrado durante cinco dias, menos os adolescentes. Até que, no dia 24, a polícia recebeu a informação do carro que os teria transportado.

O motorista foi encontrado, levado a delegacia para prestar depoimento, mas falava coisas desconexas, entrou em contradição e acabou liberado por falta de indícios de participação e conforme a legislação penal brasileira.

Serra 

Na quinta-feira (31), com apoio da Delegacia de Homicídios (DHPP) da Serra, foi encontrado o adolescente que também tem participação no crime. Um novo interrogatório com o motorista de aplicativo foi feito e a polícia chegou em “Caíque”, acusado de arquitetar as três mortes.

Troca de tiros

Adolescentes foram executados por líder do tráfico em briga de bairros rivais
Vidro de viatura foi quebrado em troca de tiros entre “Caíque” e a polícia. Foto: Sesp

Segundo Alexandre Ramalho, “Caíque” não aceitou a prisão, trocou tiros com a polícia, quebrou o vidro de uma viatura e acabou atingindo uma criança de 11 anos no braço, que foi socorrida e está fora de perigo.

Mais gente

Outras pessoas participaram do crime. Todas já foram identificadas pela polícia e tem mandados de prisão expedidos.

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