Quincy Promes e um homem de 32 anos, seu cúmplice, foram considerados culpados por importação, exportação, transporte e posse da droga
Promes nunca se pronunciou sobre o caso e não saiu da Rússia, onde mora e joga pelo Spartak de Moscou, para participar do julgamento. A investigação da Equipe de Inteligência Criminal da Holanda foi motivada por informações sobre o envolvimento do cúmplice com o tráfico de cocaína, levando seu carro a ser grampeado. A constante troca de mensagens entre o homem e o jogador “deixaram claro que ambos os suspeitos estavam envolvidos na entrada, na remoção e no posterior transporte e na venda destas duas remessas”, segundo as autoridades holandesas.
O tribunal explicou que “levou em consideração o fato de o suspeito ser um jogador profissional e uma figura pública” para tomar uma decisão que serviria de exemplo. “O tribunal também reprova fato de o suspeito não ter assumido suas responsabilidades”, acrescentou. O atleta foi convocado mais de 50 vezes para a seleção do país, sendo a última no Campeonato Europeu de Futebol em 2020.
Outras polêmicas
Não é a primeira vez, no entanto, que Promes se envolve em um processo criminal. Em junho, ele foi a julgamento após ter esfaqueado um primo durante uma festa de família por uma briga sobre roubo de um colar. O atacante, que também não esteve presente no tribunal, foi condenado a 18 meses de prisão. Embora a acusação inicial tenha sido de tentativa de homicídio, a promotoria não encontrou provas robustas o suficiente e trocou a infração para crime de agressão agravada. Ele se declarou inocente.
A Rússia não tem tratado de extradição com a Holanda. Em depoimento à agência de notícias holandesa ANP, o advogado do jogador, Robert Malewicz, disse que recorrerá da decisão e que Promes estava “decepcionado” com a condenação.