O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) abriu um procedimento para acompanhar os trabalhos da equipe que atua no atendimento à criança e ao adolescente vítima de violência em três cidades do Vale do Itajaí. A ação foi realizada no começo desta semana.
Ação realizada nesta semana foi coordenada pela promotoria de Justiça das cidades de Ascurra, Apiúna e Rodeio – Foto: Divulgação/Reprodução/MP-SC/ND
Liderada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra, que engloba também as cidades de Apiúna e Rodeio, a ação intensifica as ações do Maio Laranja, mês de conscientização contra o abuso e a exploração sexual infantil.
Em Apiúna, foi realizada uma reunião com os integrantes da rede de proteção municipal para avaliar as estratégias a fim de garantir apoio e resguardar os direitos de crianças e adolescentes.
“A criança e o adolescente precisam ter conhecimento sobre o que é a violência, em si, porque, muitas vezes, a violência é normalizada por aquele que convive em ambiente hostil”, ressalta a promotora Cristina Nakos, responsável pelo procedimento aberto pela Comarca de Ascurra.
Segundo o órgão, os três municípios têm incentivado os profissionais para implementação do serviço em ambiente adequado em cada cidade. A escuta especializada é um procedimento de entrevista que garante privacidade à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência.
Saiba mais sobre a rede de proteção e o Maio Laranja
Durante todo o mês de maio, a rede de proteção dos três municípios ofereceu palestras nas escolas como forma de combater e prevenir a violência. A rede de proteção está prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), sendo composta por várias instituições.
Além do órgão judiciário, a rede também inclui outras entidades para atuar em casos de complexidade, definindo estratégias de prevenção a crianças e adolescentes em situação de risco. Duas das três cidades tiveram repercussão recente no noticiário estadual após dois episódios de ameaça de ataques em escolas.
Participaram da reunião em Apiúna integrantes das Secretarias de Educação e Saúde, Conselho Tutelar, Serviços de Família Acolhedora e de Média Complexidade de Apiúna; Grupo Reflexivo, com homens que praticaram violência; vítimas que a sofreram; instituições que compõem a rede de proteção; além do prefeito de Apiúna, Marcelo Doutel da Silva (PL).
