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Israel invade maior hospital em funcionamento na Faixa de Gaza

Instituição é uma das poucas no território que ainda tratavam pacientes; Tel Aviv diz que faz operação para resgatar corpos de reféns

Palestinos avaliam danos no hospital Nasser, em Khan Yunis, em dezembro
Palestinos avaliam danos no hospital Nasser, em Khan Yunis, em dezembro – 17.dez.23/AFP

Militares de Israel invadiram nesta quinta-feira (15) o maior hospital ainda em funcionamento na Faixa de Gaza, em Khan Yunis, no qual centenas de palestinos forçados a se deslocar na guerra contra o Hamas estavam abrigados. Pelo menos uma pessoa morreu e várias outras ficaram feridas durante a ação, segundo o Ministério da Saúde local.

Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde, afirmou em comunicado que os militares israelenses demoliram um muro do complexo hospitalar e começaram a invadir o local. Em uma segunda declaração, ele disse que os soldados foram ao departamento de ortopedia, onde um paciente teria sido morto.

A agência de notícias palestina Wafa disse que o hospital Nasser estava sob um “cerco militar rigoroso” havia 25 dias. Durante a madrugada, os militares israelenses teriam forçado a saída de médicos e pacientes que ainda estavam no complexo com “bombardeios indiscriminados”.

As forças israelenses confirmaram a ação no hospital, descrevendo-a como uma “operação precisa e limitada”. Segundo autoridades de Tel Aviv, a incursão foi ordenada após o setor de inteligência obter “informações confiáveis” de que corpos de reféns israelenses estariam sendo mantidos no local.

“Estamos realizando operações de resgate precisas –como fizemos no passado— onde a nossa inteligência indica que os corpos dos reféns estão mantidos”, afirmaram os militares em comunicado. Líderes do Hamas disseram que a declaração “não passa de uma mentira”.

O escritório humanitário da ONU havia divulgado na quarta (14) que o hospital Nasser estava sitiado pelas forças israelenses e que haviam sido registrados disparos de franco-atiradores contra a instalação, o que colocou em risco a vida de médicos, pacientes e de milhares de pessoas deslocadas.

A ONG Médico Sem Fronteiras disse que as pessoas que receberam ordens de Israel para abandonar o hospital tiveram de escolher entre ficar “e se tornar um alvo em potencial” ou sair “em um cenário apocalíptico” de bombardeios.

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