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Jet ski usado por indígena em foto não pertence à Funai

Jovens com traços indígenas segura celular ao ouvido com uma camisa cinza e bermuda, com uma barraca de camping ao fundo

Kauri Waiãpi, conhecido como Daldeia; post satírico feito por ele foi distorcido para desinformar – Divulgação

Post de influenciador e ativista foi tirado de contexto com o intuito de desinformar
É enganoso que um influenciador indígena tenha posado para foto com jet ski da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), diferentemente do que afirmam posts nas redes sociais. Segundo a organização, “o jet ski não pertence à Funai, bem como não foi comprado com recursos da mesma”. O homem que aparece nas imagens é o ativista Kauri Waiãpi, mais conhecido como Daldeia, 29. Ele produz conteúdos satíricos nas redes desde 2021.
Postagens feitas no X e verificadas pelo Comprova retiram de contexto uma fotografia em que Daldeia e três mulheres aparecem em um jet ski com a logomarca da Funai. O influenciador é conhecido por utilizar o humor para conscientizar a sociedade sobre pautas indígenas. Em seu Instagram, Kauri Waiãpi fez uma piada afirmando que o passeio na moto aquática havia sido “patrocinado” pela instituição pública. A reportagem tentou verificar se a logomarca da Funai foi colocada digitalmente ou se era um adesivo, mas não conseguiu chegar a uma conclusão sobre isso.
Daldeia acumula mais de 3 milhões de seguidores no TikTok, YouTube e Instagram, nos quais compartilha conteúdos relacionados à sua rotina e cultura. Além da publicação sobre o jet ski, o influenciador também tem vídeos provocativos sobre compras de luxo e passeios que realiza com o “Bolsa Funai”, o que também é uma brincadeira, já que a bolsa não existe. Frequentemente, ele utiliza em suas peças de humor a logomarca do órgão para ironizar preconceitos e ataques aos direitos de comunidades indígenas.
Em 2023, a Agência Lupa publicou um material sobre grupos da extrema-direita que distorcem conteúdos irônicos feitos por influenciadores indígenas, como Daldeia, para atacá-los com mentiras de que “mordomias” são financiadas com dinheiro público.
Enganoso, para o Comprova, é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.
POR QUE INVESTIGAMOS
O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99486-0293.
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