Lewis Hamilton condena ofensas racistas a Vini Jr. e elogia jogador: ‘incrivelmente corajoso’

— É devastador pensar que em 2023 ainda estamos vendo e ouvindo essas coisas. Isso realmente me atinge, realmente traz emoções, coisas que experimentei, seja no Reino Unido, seja quando eu estava correndo na Itália, na França ou na Espanha. Pode ser tão doloroso as coisas que as pessoas dizem — disse.

O piloto se manifestou na entrevista antes do início dos treinos para o GP de Mônaco, que acontece nesse fim de semana. Hamilton que se tornou, em 2007, o primeiro piloto negro da história da F1 e afirmou que a situação ocorrida com o brasileiro evocou lembranças de situações em que sofreu ofensas racistas durante sua carreira.

— Acho que ele tem sido incrivelmente corajoso — destacou o piloto.

Recentemente, Hamilton agradeceu a justiça brasileira pela decisão judicial que condenou o ex-piloto Nelson Piquet, em primeira instância, a pagar R$ 5 milhões em indenização por racismo e homofobia contra o inglês.

Após soltar três dos sete suspeitos de racismo contra Vinicius Júnior, a polícia da Espanha liberou, nesta quinta-feira, os outros quatro que ainda estavam detidos. Contudo, foi decretado que eles não poderão entrar em nenhum estádio da LaLiga, segundo o jornal espanhol Marca. Os réus foram acusados ​​de crime de ódio e contra a integridade moral.

A polícia espanhola deteve, na última terça-feira, quatro pessoas suspeitas ligadas ao manequim que representava o atacante Vinicius Júnior enforcado sob uma ponte de Madri, capital da Espanha, em janeiro de 2023. Uma investigação foi aberta depois que o manequim esticado em uma corda, com a camisa 20 do jogador brasileiro, foi pendurado em frente ao campo de treinamento do Real Madrid. Uma faixa estava grudada ao boneco, com a seguinte inscrição: “Madrid odeia o Real”.

Segundo a polícia, três dos detidos são integrantes da Frente Atlética, organizada do Atlético de Madrid. Todos os detidos são espanhóis e têm 19, 21, 23 e 24 anos. Um dos detidos, inclusive, tem passagem por crime de lesão corporal.

Como medida cautelar, o juiz proibiu que os quatro investigados se aproximassem e se comunicassem com Vinicius Júnior. Outra medida tomada foi a proibição de se aproximarem a menos de mil metros dos estádios da La Liga a partir de quatro horas antes do apito inicial e até quatro horas após o seu término.