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Dois países enviaram armas à Rússia e há 32 ‘isentões’: veja o ‘tabuleiro da guerra’ em mapas interativos

Tanque M1 Abrams, enviado pelos Estados Unidos para a Guerra da Ucrânia

Tanque M1 Abrams, enviado pelos Estados Unidos para a Guerra da Ucrânia Reprodução / Departamento de Defesa dos Estados Unidos

Kremlin do lado, Kiev do outro e um mundo no meio, calculando quais alianças e compromissos compensam mais. Alguns poucos países, todos com má relação com o Ocidente, juntaram-se aos os russos. A maciça maioria do mundo condena formalmente a guerra na Ucrânia, mas não se convence com o argumento das potências ocidentais de que mais ajuda é necessária para os ucranianos recuperarem o território perdido.

Só nos primeiros 12 meses de guerra, segundo o levantamento feito pela organização alemã Instituto Kiel para a Economia Mundial, o apoio militar à Ucrânia foi de US$ 94,27 bilhões. Para fins comparativos, o Produto Interno Bruto (PIB) ucraniano foi de US$ 200 bilhões em 2021, o ano derradeiro antes da guerra.

O ranking de ajuda militar é liderado por folga pelos americanos, que até aquele momento já haviam destinado 46,4 bilhões de euros à causa, quantia que já aumentou em alguns bilhões com auxílios posteriores. Em segundo lugar consta a soma das nações da União Europeia e as instituições do bloco, com compromissos que em fevereiro chegavam a US$ 20,6 bilhões. O terceiro lugar é do Reino Unido.

São as armas de tecnologia avançada ocidentais que sustentam os esforços de Kiev, cujo arsenal soviético praticamente se esvaiu no início da guerra. Foram milhares de projéteis, artilharia, sistemas de defesa anti-aérea e blindados. O medo de coberligerância travava uma linha vermelha em tanques, caças e mísseis de longo alcance, que nos últimos meses foram aliviadas. Até o momento, contudo, apenas os britânicos cederam os mísseis desejados pelo presidente Volodymyr Zelensky.

Um passo para entender o tabuleiro é olhar para a votação na Assembleia Geral da ONU em 23 de fevereiro, véspera do primeiro aniversário da invasão. A resolução para que os russos deixassem o território ocupado teve o endosso de 141 países. Trinta e duas nações, incluindo as gigantes Índia e China, se abstiveram, e outras sete votaram contra (se você está acessando pelo app, veja aqui).

Um voto favorável à medida não vinculante no fórum da ONU, entretanto, não passa de um apoio simbólico: por trás do placar alto, há um leque de posições que vai do endosso incondicional à neutralidade prática. Entre os mais fiéis, Estados Unidos, Reino Unido e boa parte dos Estados-membros da União Europeia (UE). Nos mais hesitantes, fatia significativa de um Sul Global que teme os impactos de um rompimento total com a Rússia.

Há também as 32 nações que oficialmente se abstiveram no voto de fevereiro, grupo formado principalmente por Estados africanos e asiáticos — entre eles, destacam-se Índia, China e África do Sul. Dos Brics, portanto, o Brasil foi o único a condenar de forma explícita a invasão.

Críticos afirmam, no entanto, que a abstenção de Índia e China, em particular, se equivaleria a um apoio tácito ao Kremlin. Ambos aumentaram significativamente suas trocas comerciais com os russos, compensando em parte o impacto das sanções importas pelo Ocidente.

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