Os professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) abriram uma votação para decidir se entram ou não em greve por tempo indeterminado a partir de 15 de abril. A categoria participou da paralisação nacional na quarta-feira (3).
A votação online iniciou às 18h de quarta-feira e se encerra às 18h do próximo sábado, 6 de abril. Os professores da universidade têm 72h para votar a favor ou contra a adesão à greve nacional que começa no dia 15, sem previsão de término.
A mobilização foi debatida durante a assembleia geral extraordinária da Apufsc-Sindical (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina) na quarta-feira.
Os docentes da UFSC ainda realizaram uma paralisação de 24 horas e alguns estudantes tiveram as aulas suspensas durante o dia.
Além do movimento dos professores, os servidores técnico-administrativos em educação estão em greve desde 11 de março, quando iniciou o ano letivo da graduação na universidade.
Qual o motivo da greve debatida pelos professores da UFSC?
Docentes em todo o Brasil reivindicam a recomposição salarial e a reestruturação da carreira. A categoria acumula cerca de 35% de defasagem nos salários.
Em mesa de negociação, o governo federal manteve a proposta de reajuste zero para os docentes em 2024. Os professores também se manifestam pela recomposição do orçamento das universidades e por melhores condições de trabalho.
O vice-presidente da Apufsc, Adriano Duarte, argumentou: “Dizer que acabou a negociação é falso, porque há previsão de mesa de negociação em abril e vai acontecer. Greve antes da mesa é um equívoco. Dizer isso não significa dizer que sou contra a greve. Ela é nosso principal instrumento de negociação há 200 anos”.
A greve nacional de 15 de abril abrange docentes de universidades federais, institutos federais e Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica). A categoria demonstrou apoio à mobilização dos servidores técnico-administrativos em educação.
Os servidores estão em greve e também exigem a recomposição salarial. Os trabalhadores protestam contra a falta de propostas do governo federal para a reestruturação da carreira.