• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Maduro promulga lei que ‘cria’ estado de Essequibo na Venezuela

Nicolás Maduro promulga lei que cria o estado de Guiana Essequiba, na região do Essequibo, que pertence à Guiana

Nicolás Maduro promulga lei que ‘cria’ o estado de Guiana Essequiba, na região do Essequibo, que pertence à Guiana – Reprodução/Governo da Venezuela

Sem provas, ditador diz que região da Guiana abriga bases militares secretas dos Estados Unidos
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, promulgou na noite desta quarta-feira (3) a lei que cria o estado de “Guiana Essequiba” na região do Essequibo, porção do território da Guiana que é reivindicada por Caracas.
A lei havia sido aprovada por unanimidade pelo Legislativo venezuelano, alinhado ao regime, no último dia 22, e contemplava o plebiscito promovido pela ditadura em dezembro passado com o intuito de reconhecer e reforçar a reivindicação sobre a região, que representa cerca de dois terços da Guiana e faz fronteira com o estado brasileiro de Roraima.
Na ocasião da promulgação da lei, Maduro afirmou, sem apresentar provas, que a região abriga bases secretas dos Estados Unidos, longevo alvo de ataques e desconfianças por parte do chavismo.
“Temos informação comprovada de que, no território de Guiana Essequiba, administrado temporariamente pela Guiana, instalaram bases militares secretas do Comando Sul [do Exército americano], núcleos do Comando Sul e núcleos da CIA [agência de inteligência americana]”, disse o venezuelano.
Entenda a crise entre Venezuela e Guiana em Essequibo
De acordo com o ditador, as bases teriam sido criadas “para preparar agressões à população de Tumeremo e às populações do sul e do leste da Venezuela, e para se preparar em uma escalada contra a Venezuela”.
Tumeremo é a cidade no estado de Bolívar, vizinho do Essequibo, a partir da qual o novo estado será administrado. Ela fica a cerca de 100 km da área reivindicada.
“O presidente Irfaan [Ali] não governa a Guiana, a Guiana é governada pelo Comando Sul, a CIA e a ExxonMobil, e não estou exagerando, controlam o Congresso, dois partidos que fazem maioria, governo e oposição, controlam totalmente as forças de defesa guianesas, as forças policiais”, disse Maduro, sem apresentar evidências.
A disputa centenária pela região, que remonta aos tempos da colonização sul-americana, é vez ou outra revivida por forças políticas na Venezuela para galvanizar apoio popular —a reivindicação encontra respaldo popular.
As bravatas atuais de Maduro se intensificaram a partir de 2015, quando imensas reservas de petróleo foram descobertas na costa do Essequibo das quais o recurso começou a ser extraído em 2019 por um consórcio liderado pela americana ExxonMobil, um dos alvos das falas do ditador —que também conta com participação da chinesa CNOOC.
Após a aprovação da lei em março, a Guiana expressou “grave preocupação”, e disse que a medida incorre em uma “violação flagrante de sua soberania”.
As tensões entre os dois países se acentuaram principalmente após o referendo de dezembro sobre a disputa. Duas semanas depois da consulta popular, os dois líderes se reuniram e concordaram em não realizar ameaças ou usar a força para resolver a contenda. Também houve reuniões com mediação do Brasil entre os chanceleres dos dois países, em Brasília.
No início de março, Maduro e Ali voltaram a se encontrar durante encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em São Vicente e Granadinas, no Caribe, onde o venezuelano insistiu em uma “solução pacífica”.
Tags , .Adicionar aos favoritos o Link permanente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *