Eduardo Pinho Moreira (MDB), recusará o convite para assumir a superintendência do Porto de Itajaí. O ex-governador de Santa Catarina confirmou em primeira mão ao ND Mais a sua decisão, que será informada ao prefeito da cidade, Volnei Morastoni (MDB).
O chefe do executivo municipal participou de uma reunião com o colega de partido em 27 de março, onde propôs a ele o cargo. O motivo para a troca seria que o atual superintendente, o advogado Fábio da Veiga, pede o afastamento por razões pessoais. Com a recusa, não se sabe se esse processo continua.
De acordo com Pinho Moreira, assumir o posto agora seria uma “mudança muito bruta” em sua vida, já que ele teria que passar a morar em Itajaí – atualmente, reside em Florianópolis – e ter dedicação exclusiva ao terminal.
Questionado se o cargo lhe interessaria para 2025, quando deve acontecer o arrendamento definitivo do Porto de Itajaí, Pinho Moreira respondeu que não. Mesmo se tivesse um tempo maior para analisar, ele não acredita que mudaria sua decisão.
Durante a conversa com a reportagem, o ex-governador brincou dizendo que “políticos nunca dão um não definitivo”, mas ressaltou que já cumpriu sua missão no serviço público catarinense – ele já governou em duas ocasiões, foi prefeito de Criciúma, presidente da Celesc, entre outros postos. Em suma, a recusa deve ser, de fato, absoluta.
Agora, os olhares se voltam para o próximo nome a ser cotado como substituto de Fábio da Veiga, e se a troca ainda acontecerá com a negativa de Pinho Moreira.
Mesmo com arrendatária transitória definida, Porto de Itajaí segue sem movimentação regular
Há mais de um ano sem movimentações regulares de contêineres, o Porto de Itajaí conheceu no fim do ano passado a empresa que o administrará até o leilão definitivo, que deve acontecer em 2025: a Mada Araújo. As operações, no entanto, ainda não tem data de início.
O desejo do grupo é de que as movimentações retornem o mais rápido possível, mas isso depende de uma série de fatores. O terminal pode receber navios, mas precisa de alguns reparos pontuais para o funcionamento perfeito – por isso, a empresa já corre atrás de equipamentos.
No último mês, um grupo de representantes de classe, sindicatos patronais e laboral, do legislativo de Itajaí e do Executivo Estadual publicou um manifesto pedindo alternativas para o funcionamento do complexo.
O documento, enviado ao Ministério de Portos e Aeroportos e à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), destacou três pontos: falta de movimentação de navios de contêineres, congestionamento enfrentado pelo complexo de Navegantes devido às obras e ineficácia de medidas tomadas no processo licitatório.
É nesse cenário que um futuro novo superintendente assumiria a chefia do Porto de Itajaí. A força política de Pinho Moreira e o alinhamento com o atual prefeito eram pontos que animavam a prefeitura. Agora, o posto segue indefinido também para o leilão definitivo, que já tem ‘pré-candidatos’.