São quase 36 horas de interrupção da BR-101, no Morro dos Cavalos, em Palhoça. A solução, nesse momento, é tão óbvia quanto distante: construir túneis.
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Cratera aberta no Morro dos Cavalos – Divulgação/ND
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Buraco na BR-101, no Morro dos Cavalos – Divulgação/ND
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Motoristas aguardam a solução desde sábado; ainda sem prazo de liberação – Leo Munhoz/ND
A Arteris Litoral Sul, concessionária que responde pelo trecho, é sucinta: como não se trata de uma obra em contrato, sequer dá margem para especulações.
Só uma alteração no vínculo – atualmente até 2033 – vai fazer a concessionária intervir. A Coluna Bom Dia entrou em contato com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que é a agência que regula as concessões e, até o término desta segunda-feira não havia enviado um posicionamento.
“Mais uma vez a não realização de obras importantes trazem prejuízos enormes para o nosso Estado. A não execução do túnel [no Morro dos Cavalos] que há muitos anos está previsto traz essas consequências tão danosas para a nossa segurança e para a nossa economia. […]. É importante a sociedade discutir essas questões. Não podemos mais permitir que situações como essa atrase nosso desenvolvimento, prejudique nossa economia, a saúde e a segurança dos usuários”
De acordo com o projeto básico de duplicação da BR-101, no trecho, a ideia passa pela construção de dois túneis de 1,3 quilômetro cada um, dois viadutos com 180 metros de comprimento, além de proteção de encostas.
Túneis no Morro dos Cavalos
A construção de túneis na região do Morro dos Cavalos poderia ser a solução para evitar problemas como os enfrentados pelos motoristas, muitos deles parados desde a noite de sábado no local do deslizamento da barreira.
Porém, o projeto está estagnado, mesmo com licença prévia concedida em agosto de 2013 para as obras de transposição do Morro dos Cavalos. A ideia era pela construção de túneis que, inclusive, receberam autorizações do Ibama que confirmou que “o projeto possui licença de instalação desde 2014”.
Em tese, dessa forma, não existem impedimentos ambientais que justifiquem a não realização das obras.
Um dos motivos de a obra não ter sido levada a frente foi a questão das terras indígenas na região, a Funai já disse que é favorável a obra, mas com ressalvas, como a demarcação da terra indígena, por exemplo.
Futuro e o desenvolvimento passam pelo Morro dos Cavalos
Atualmente o Morro dos Cavalos contabiliza uma movimentação de 30 mil veículos por dia e faz parte de um crucial corredor logístico que liga Norte a Sul do Brasil e do continente.
Os transtornos que refletem a interrupção total da rodovia mostram que a solução precisa ir muito além do conserto dos buracos e da limpeza da via. É fundamental apresentar uma medida que assegure o trânsito (e a confiança dos catarinenses) independentemente das ameaças climáticas. A ideia conta com a força de entidades como Fiesc e Fetrancesc.
“Mais uma vez a não realização de obras importantes trazem prejuízos enormes para o nosso Estado. A não execução do túnel [no Morro dos Cavalos] que há muitos anos está previsto traz essas consequências tão danosas para a nossa segurança e para a nossa economia. […]. É importante a sociedade discutir essas questões. Não podemos mais permitir que situações como essa atrase nosso desenvolvimento, prejudique nossa economia, a saúde e a segurança dos usuários”, cobrou Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc.
A sociedade e, principalmente as lideranças locais, precisam abraçar esse movimento. É o futuro e o desenvolvimento da região que estão em jogo.
