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Entenda taticamente como joga o Figueirense e como a equipe chega para a Série C

O Figueirense chega a Série C do Campeonato Brasileiro como uma verdadeira incógnita. A equipe recebeu novos reforços após a eliminação precoce no Catarinense e agora tenta, enfim, voltar à Série B.

Neste material, a reportagem do ND Mais apresenta os conceitos mostrados até aqui pelo técnico João Burse e a forma como a equipe atua taticamente.

  • Formação base: 4-2-3-1/4-3-3
  • Técnico: João Burse
  • Posição no Estadual: eliminado nas quartas de final
  • Estádio: Orlando Scarpelli

Como joga o Figueirense

Durante o Estadual, o técnico João Burse variou entre duas plataformas de jogo: o 4-3-3 e o 4-2-3-1. O importante é entender que os sistemas eram apenas um “ponto de partida”.

Com a fixação de Camilo como titular, a tendência é que o segundo sistema seja mais utilizado durante a Série C.

Escalação do Figueirense no campinho tático

Provável Figueirense titular para a estreia na Série C – Foto: TacticalPad/ND

Construção das jogadas

João Burse é adepto de uma saída de bola a três. Durante o Estadual, o treinador costumava descer o primeiro volante entre os dois zagueiros, liberando os laterais, além de deixar Gledson para receber às costas da primeira pressão. Por vezes, Cesinha também descia para auxiliar o camisa 20.

Saída de 3 com Léo Baiano entre os zagueiros no Estadual – Foto: MB TV/Reprodução/ND

Quando conseguia progredir por baixo, o treinador optava por deixar os dois pontas (Alisson e Guilherme Pato) bem abertos, para que os dois recebessem em situações de 1×1 para desequilibrar.

Cesinha mais ao centro e Pato bem aberto no campo de jogo – Foto: MB TV/Reprodução/ND

O Figueirense normalmente tentava pesar cinco homens na última linha do adversário, para gerar situações de vantagem numérica (5×4).

Por vezes, Burse chegou a utilizar o lateral Cedric no espaço entre o zagueiro e o lateral adversário. Outra variação era a utilização de Gledson no setor, fazendo diagonais nas costas da última linha quando Pato atraia a marcação.

As jogadas normalmente são finalizadas em situações de cruzamentos com preenchimento de área dos meias, ponta e centroavante.

Sem bola, a equipe se defende em um 4-4-2 deixando o meia e o centroavante mais a frente. A equipe marca, prioritariamente, em um bloco médio.

O balanço defensivo, especialmente da linha de meio-campo, foi um dos pontos positivos da equipe no Estadual.

Centroavante e meia ficam mais a frente no momento sem bola – Foto: MB TV/Reprodução/ND

Pontos fortes

  • Situações de desequilíbrio com os pontas
  • Transições ofensivas diretas
  • Balanço defensivo

Figueirense apresentou bons comportamentos no balanço defensivo no Estadual - MB TV/Reprodução/ND

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Figueirense apresentou bons comportamentos no balanço defensivo no Estadual – MB TV/Reprodução/ND

Figueirense apresentou bons comportamentos no balanço defensivo no Estadual - MB TV/Reprodução/ND

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Figueirense apresentou bons comportamentos no balanço defensivo no Estadual – MB TV/Reprodução/ND

Precisa melhorar

  • Preenchimento do entrelinhas e circulação de bola contra equipes em bloco baixo
  • Oscilações de concentração e rendimento entre um jogo e outro

Situação evidente no jogo contra o JEC. Mesmo com dois jogadores a mais, time teve pouco preenchimento do entrelinhas e circulava em “U” a bola – Foto: MB TV/Reprodução/ND

O “cara”

O meia Camilo é a referência técnica do Figueirense na Série C. O experiente jogador atuou em apenas duas partidas até aqui e marcou um gol, de pênalti, na eliminação contra o Barra.

Camilo é a referência técnica do Alvinegro para a Série C – Foto: Patrick Floriani/FFC/ND

Fique de olho

O atacante Alisson, apesar do pênalti perdido na eliminação do Estadual, foi o principal destaque do clube em 2024. Rápido e driblador, ele anotou dois gols nas 11 partidas que disputou. Contudo, precisa melhorar nas tomadas de decisão.

Fala, Burse!

Em coletiva na manhã desta sexta-feira (19), João Burse falou sobre a ideia de ter um Figueirense mais “adaptável” na Série C. Uma equipe com capacidade de construir, mas também capaz de ser reativa quando necessário.

“Precisamos estar preparados para diferentes modelos de jogo e ambientes: frio, calor, gramado sintético, campos maiores. Precisamos nos adaptar a tudo isso. Fizemos amistosos, testamos situações de blocos mais altos, algo que não fizemos muito no Estadual, onde fomos mais reativos”, explica Burse.

“O time, claro, terá momentos em que vai propor mais o jogo, ou jogar de forma mais reativa. Conseguimos evoluir bastante durante esse período de treinamento”, completa.

Uma das variações treinadas pelo treinador foi a utilização do lateral-esquerdo Samuel, novo reforço do clube, fazendo uma saída de três juntos aos zagueiros ao invés de utilizar o primeiro volante.

Variação de saída de 3 com Samuel alinhado aos zagueiros – Foto: TacticalPad/ND

“Testamos algumas situações de fazer saída de três com o lateral. Não temos um zagueiro canhoto com a volta do Rafael Ribeiro. Normalmente eu volto um volante entre os zagueiros para fazer saída com três. Eu prefiro ter uma saída pelo lado com perna dominante. Trago o Rafael mais para dentro para Samuel, que é canhoto, fazer a saída pela esquerda”, finaliza o comandante alvinegro.

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