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Aprendendo no bosque: escola de Florianópolis inaugura novo espaço de ensino

Pensando em promover interação com o meio ambiente, os estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) José Amaro Cordeiro estão aprendendo em um novo espaço: no bosque da unidade.

A presença no bosque é garantida entre professores e estudantes, com uma nova abordagem no aprendizado

A presença no bosque é garantida entre professores e estudantes, com uma nova abordagem no aprendizado – Foto: Escola Básica Municipal José Amaro Cordeiro

Chamado de “Bosque das capivaras encantadas”, o local está sendo utilizado por professores e jovens que compreendem a educação como algo que vai além do que é estipulado entre quatro paredes — aqui, a imaginação e a percepção do corpo e dos movimentos ganham vida.

E as novidades já foram apresentadas desde a inauguração do lugar. “Fizemos observações de aves, uma caminhada para poder escutar os sons vendados, tivemos a montagem da composteira. Todas as turmas tiveram uma atividade para entenderem que aquele espaço pertence a eles”, conta a articuladora do projeto Jornada de Tempo Integral, Roberta Pereira Affonso Devesa.

E o bosque já está sendo um ambiente de muita observação, pelo menos para as turmas da professora de Ciências Emília de Pontibriand Vieira.

Enquanto os sextos anos estão sendo desafiados no projeto com mudas nativas da Mata Atlântica, os sétimos anos são os responsáveis pela identificação da biodiversidade.

No caso dos oitavos, o foco é compreender o poder das plantas medicinais, e o nono decidiu investir na composteira da unidade.

“Estamos fazendo esse processo de reciclagem de todos os resíduos orgânicos da escola, do lanche e da cozinha. Toda semana vamos com a turma e eles trabalham o processo, desde a montagem da composteira até a coleta das folhas e a lavagem dos baldes”, explica a professora, sobre o passo a passo com os adolescentes.

Mas se engana quem pensa que a iniciativa é apenas para observar o que está ao redor. Por mais que o entendimento sobre o espaço seja uma das atividades, em uma prática pedagógica diferente, existem outras tarefas que devem ser feitas.

“Estamos estudando as características dos seres vivos, então eles já vão para o bosque com roteiro ou com um guia de atividades de observação. Vamos observar e descrever seres vivos que vimos. Sempre existe esse combinado prévio de ir ao bosque com uma atividade em mente”, complementa a professora.

Para aqueles que experimentam uma nova forma de aprendizado, os momentos fora da sala de aula são cruciais. “Eu acho que a aula prática, quando estamos fora, praticamos uma coisa que a gente vai aprender também”, comenta Vitor Adamski da Silva, nono ano.

No caso de Sarah Depetriz Assad, quinto ano, que ainda não teve muitas experiências no local, a expectativa já faz parte do processo. “Estaríamos em um lugar que não é só a sala de aula e sempre a mesma coisa. Lá é um lugar que tem mais verde, tem barulhos naturais”, finaliza a estudante.

Bosque com capivaras encantadas?

Será que o bosque tem ligação com as capivaras? A verdade é que a iniciativa de nomeação partiu dos estudantes — e Elis Ribeiro Soares Tessari, quinto ano, sabe a explicação: “Achei que era um nome engraçado, legal e também foi minha amiga que propôs. As capivaras estão viralizando”, diz a menina.

O ambiente começou a ser idealizado em 2022 pelos professores Gilmar Elídio Cordeiro e Emília de Pontibriand Vieira, contando com a participação da articuladora  Roberta Pereira Affonso Devesa e da diretora Néli de Fátima Wosnes Conginski — de lá para cá foi viabilizado o acesso e as possibilidades de ensino.

“Os estudantes conseguem caminhar, temos algumas árvores que sinalizamos que eles podem subir, e próximo dessa trilha tem a compostagem dentro da caixa d’água. Fica bem na entrada do bosque, está muito próximo”, pontua a profissional que está à frente do projeto.

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