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Por que os professores da rede estadual estão em greve em Santa Catarina?

A greve dos professores da rede estadual de educação completa três dias consecutivos nesta quinta-feira (25) em Santa Catarina. Mas afinal, quais são as reivindicações dos servidores?

Professores se manifestam em Criciúma

Professores manifestaram em frente ao Cedup de Criciúma na manhã de terça-feira (23) – Foto: Rachel Schneider/NDTV Criciúma

De acordo com o Sinte/SC, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina, o movimento conta com a adesão de 30% do magistério do Estado. A greve começou na terça-feira (23).

O secretário de Administração, Vânio Boing, recebeu o sindicato em uma audiência no mesmo dia, mas não houve acordo. O governo pediu um prazo de 60 dias para analisar o impacto financeiro das reivindicações da categoria.

Vânio Boing afirmou em coletiva de imprensa na terça-feira que a descompactação da tabela salarial, uma das principais demandas da greve, aumentaria a folha de pagamento em R$ 4,5 bilhões.

Reunião do Sinte/SC com a Secretaria de Estado da Administração

Sindicato reuniu com a Secretaria de Estado da Administração para negociações. Sem acordo, greve continua – Foto: SINTE-SC/Reprodução/ND

O secretário também declarou que o governo vai retomar as negociações com os professores quando as atividades forem normalizadas nas escolas estaduais.

O Sinte/SC informou que não há previsão para o fim da greve enquanto o governo não negociar. Os pais dos alunos devem entrar em contato com as unidades escolares para verificar o seu funcionamento.

Entenda as reivindicações dos professores da rede estadual

Um levantamento da ONG Todos pela Educação mostrou que o Brasil nunca teve um índice tão baixo de professores concursados nas redes estaduais.

Professores protestam em Blumenau

Professores protestam em Blumenau – Foto: Sinte/Reprodução/ND

O número caiu de 505 mil em 2013 (68,4% do total) para 321 mil em 2023 (46,5%). O regime de contratação aponta para a precarização do trabalho docente.

As informações também revelam que o contingente de professores contratados em caráter temporário, que deveria ser uma exceção, supera a quantidade de efetivos desde 2022.

Segundo a organização, baseado em dados do Ministério da Educação, Santa Catarina possui 29% de professores efetivos e 71% temporários.

Professores pedem a aplicação de um novo concurso público

Professores reivindicam a descompactação da tabela salarial e a aplicação de um novo concurso público – Foto: SINTE/Reprodução/ND

Diante desse cenário, os docentes da rede estadual de ensino reivindicam a convocação de um novo concurso público. O último exame foi realizado em 2017.

O secretário de Administração Vânio Boing já garantiu que o edital para um concurso com 10 mil vagas será publicado até junho deste ano.

Confira as demandas da categoria:

  • Definição de uma data para um novo concurso público;
  • Retirada do desconto de 14% nas aposentadorias;
  • Descompactação da tabela salarial (sem salários iguais para diferentes posições da carreira e ganhos conforme o trabalhador avança com sua formação ou tempo no serviço público);
  • Aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis;
  • Mais investimento na educação e na estrutura das escolas;
  • Garantia de hora atividade, período em que o docente pode realizar atividades complementares além da sala de aula dentro da jornada de trabalho.
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