O dia 2 de maio representou há exatos 50 anos um marco na história do ensino superior em Santa Catarina. Era fundada em 1974, em Gravatal, a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), sistema pioneiro e, até hoje, único no Brasil.
Acafe inicia celebração do cinquentenário com lançamento da campanha e ano comemorativo – Foto: Acafe
Liderando o movimento o professor Osvaldo Della Giustina, na época presidente da Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina (Fesc), embrião da Unisul, hoje com presença marcante no Estado e no Brasil.
O encontro de criação deu-se em Gravatal, já estância hidromineral famosa, porque a sede da Fesc e Tubarão ainda sofriam os efeitos da grande enchente de 24 de março de 1974, a maior da história da cidade.
Osvaldo Della Giustina, um dos precursores da interiorização da educação superior, foi escolhido para elaborar o Estatuto da Acafe. Com a aprovação do texto, a criação da Associação foi formalmente aprovada pelos presidentes das 18 Fundações Educacionais. Ato testemunhado por representantes do Conselho Estadual de Educação e da Udesc.
O sistema municipal de universidades recebeu impulso a partir do governo Celso Ramos, incentivando a criação de polos regionais em Joinville, Blumenau, Criciúma e Lages, com a Udesc e fundações. Modelo que logo se espalhou por todas as regiões. A Ufsc tinha apenas 3.200 alunos.
Hoje, a Acafe congrega 14 universidades, com mais de 142.000 alunos de graduação e 20.000 em programas de pós-graduação, divididos em 9 Universidades e 5 Centros Universitários.
O fundador, professor, escritor e acadêmico Osvaldo Della Giustina, reside em Brasília há 48 anos, onde exerceu diversos cargos nos Ministérios da Educação e Trabalho e Presidência da República. Entre outras iniciativas de vanguarda, criou e implantou o Sine.
Atualmente, a Acafe tem na presidência a professora Luciane Ceretta, reitora da Unesc (Criciúma), que vem dando uma nova dinâmica na instituição, com incontáveis iniciativas educacionais e pedagógicas.
A Acafe constituiu em cinco décadas uma das razões do sucesso da privilegiada posição social e econômica do Estado, modelo no Brasil.
