Uma menina, de 11 anos, recebeu 30 diagnósticos errados no período de 3 anos, antes de descobrir um tumor cerebral. A criança era tratada com o analgésico paracetamol para o que os médicos acreditavam ser um quadro de enxaqueca.
Menina que tomava paracetamol para falsa enxaqueca tinha tumor no cérebro
Tia Gordon, de Northampton, na Inglaterra, começou a apresentar os primeiros sintomas em 2020, segundo o jornal britânico The Sun. Apesar da preocupação da mãe, os médicos afirmavam que o estado da menina não era grave e prescreviam paracetamol.
Imogen Darby, mãe da menina, contou ao jornal britânico que chegou até a levar a criança para trocar os óculos pelo menos quatro vezes. Foram três longos anos sofrendo vendo a filha com crises de enxaqueca e episódios de vômito – depois mais oito meses de espera por uma ressonância magnética.
A situação ficou mais grave quando Tia começou a ter a mobilidade e o equilíbrio comprometidos e um exame de emergência detectou o tumor de 3,5 cm.
“Me disseram que Tia tinha problemas estomacais e enxaquecas. A primeira coisa que me disseram, porque era verão, foi que ela só precisava beber mais água. […] Depois de provavelmente um ano, ela foi diagnosticada com enxaqueca e lhe deram paracetamol para isso”.
“Foi preciso que ela não conseguisse andar para receber os cuidados de que precisava”.
Meses antes do diagnóstico de tumor cerebral, a criança foi mais de 10 vezes ao hospital e as equipes diziam que o caso era de um “problema estomacal”.
Foi quando o quadro de Tia finalmente foi identificado, um astrocitoma pilocítico, tumor considerado comum em crianças e adolescentes.
A cirurgia para a remoção do tumor benigno durou 10 horas e os médicos conseguiram remover cerca de 96% da massa. Após o procedimento, Tia começou a apresentar melhoras e aos poucos foi retomando a rotina normal.
“Ela realmente adora passar o tempo com nossa família. Somos todos uma família muito unida, somos muitos, então principalmente o que ela faz em seu tempo livre é passar o tempo com seus primos ou minha irmã e meu irmão”, completou a mãe.
Como protocolo, a menina precisa repetir a ressonância magnética a cada três meses pelos próximos cinco anos, além de fisioterapia e acompanhamento periódico com o neurologista, apenas para garantir que o tumor não se desenvolva novamente.