Na terça-feira (7), em torno de 40 estudantes acamparam na USP (Universidade de São Paulo) em ato contra a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. O protesto se inspira no movimento em apoio à Palestina que tomou as universidades dos Estados Unidos.
A mobilização ocupa o prédio de Geografia e História da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas).
Os estudantes exigem que a USP rompa relações acadêmicas com a Universidade de Haifa, em Israel. Com informações do Jornal O Estado.
O grupo considera que os convênios da universidade com entidades israelenses contribuem para o desenvolvimento da tecnologia usada na guerra contra o Hamas. A USP não se manifestou até o momento.
O PRIMEIRO ACAMPAMENTO EM SOLIDARIEDADE À PALESTINA NO BRASIL!
Estudantes da USP acampam na universidade e pedem o rompimento de convênios da USP com universidades israelenses que apoiam e financiam o genocídio, além da ruptura de laços diplomáticos do Brasil com “israel”. pic.twitter.com/h95GfkdH59
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) May 7, 2024
Com cerca de 20 barracas, o ato começou na tarde de terça-feira. A iniciativa do acampamento partiu do Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino e ainda não tem previsão de término.
A mobilização reproduz os protestos estudantis nos Estados Unidos. Os universitários pedem o cessar-fogo imediato e exigem que as instituições se desliguem de empresas que apoiam o governo israelense.
Ato na USP espelha movimento nas universidades dos EUA
Os alunos da USP se unem à onda de protestos que tomou as universidades dos estadunidenses a partir de abril. Mais de 2 mil manifestantes já foram presos pela polícia no país.
Na madrugada da última quinta-feira (2), uma ação policial usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os estudantes e professores acampados na UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles).
A instituição foi palco de um confronto violento entre manifestantes pró-Palestina e pró-Israel na quarta-feira (1º). A UCLA então suspendeu as aulas.
Faculdades renomadas da Ivy League também somam aos protestos. A Universidade de Columbia, em Nova York, é considerada o epicentro da mobilização.
Os alunos montaram um acampamento no início de abril e ocuparam um dos prédios. Na noite do dia 30, a polícia norte-americana empregou equipamento de choque para entrar no campus e expulsar os manifestantes.
Países da Europa também registraram mobilizações estudantis em defesa do povo palestino. A polícia de Paris, na França, retirou cerca de 70 alunos que ocupavam a universidade Sciences Po na sexta-feira (3).