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Unidade escolar de Florianópolis cria repelente caseiro contra a dengue

Com listras brancas espalhadas pelo corpo, os estragos causados pela dengue podem ser sentidos de formas diferentes em cada indivíduo.  Em Florianópolis, as crianças e estudantes da rede municipal estão aprendendo na prática formas de fomentar o cuidado, criando repelentes caseiros e análises informativas.

Estudantes compartilham informações para combater a dengue nas escolas

Estudantes compartilham informações para combater a dengue nas escolas – Foto: EBM João Francisco Garcez/Divulgação/its Teens

Produzindo repelente caseiro contra a dengue

A professora Cristiane Verônica Soares e a auxiliar de sala Renata Brusco Costa, do Neim (Núcleo de Educação Infantil Municipal) do Futuro Doralice Maria dias, tiveram uma ideia: produzir o próprio repelente, após identificarem a dificuldade da turma em adquirir o produto.

Com itens simples, o passo a passo foi acompanhado pelos pequenos, que ficaram ansiosos pelo resultado.

“Peguei o álcool 70 e eles colocaram um cravo. Cada dia abrimos para fazer a comparação, depois o óleo corporal. Comprei os vidros para envasar e cada um levou o seu vidrinho para casa”, conta a educadora, mencionando que o processo é simples — basta misturar os itens e aguardar alguns dias para ter o resultado.

Para Analu Falconi de Araújo, 5, do grupo matutino, esse foi o momento de compreender como acontece a proliferação.

“O mosquito da dengue deixa ovinhos, nascem larvinhas, e eles botam ovos na água. Cresce uma pupa e depois cresce o mosquito da dengue”, diz a criança.

Informação e prevenção

Para quem estava acompanhando as turmas, a mudança no comportamento foi instantânea, além de ser compartilhada com os menores do Neim Canto da Lagoa.

“Eles se organizaram, verificaram a água parada aqui no espaço e, consequentemente, ficaram com o olhar mais atento em suas vidas, nas práticas familiares dos cuidados com a dengue”, fala a diretora Stephanie Kreibich Pinheiro, da EBM (Escola Básica Municipal) João Francisco Garcez.

Para a professora do quarto ano Aletéa Severo de Coronel Machado, essa é uma oportunidade para cumprir a missão da educação.

“Esse é nosso papel enquanto escola: informar, conscientizar e mobilizar. Desenvolvemos leitura, interpretação e produção textual”, explica a profissional, que levou o tema para sala, produzindo materiais de apoio e aprimorando a relação com a leitura e escrita.

No caso de Francynni Jaques Vargas Pinto, 9, do quarto ano, a vivência foi uma oportunidade para compreender aquilo que estava acontecendo em casa, já que a mãe e a irmã foram diagnosticadas com dengue.

“Depois da nossa aula, ensinei meus amigos e parentes. Se todos tomarmos cuidado, o mosquito será combatido. O problema do outro também é meu problema e todos devem estar juntos nessa”, conta a estudante.

Compartilhando diretrizes

Com a orientação da Divisão de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Educação, os assessores pedagógicos Charles Schnorr e Rafael Gonçalves e o estagiário Roger Voss — responsáveis por coordenar o programa Vigilante Mirim — visitaram 13 unidades de educação para compartilhar vídeos e folders com mais de 800 pessoas.

“É um material impresso que ficou com as crianças e tem um adesivo, de outra época da campanha. Alguns colocaram na roupa, outros na bicicleta, na mochila […] o folder eles levaram para casa, inclusive as crianças. O adesivo é um jeito de deixar viva essa informação”, relata Rafael, salientando que a iniciativa já existiu em outros anos.

Além do que é produzido na escola, o fato é que o conhecimento está sendo transmitido para quem está de fora.

“O retorno que vemos das famílias é muito pertinente, e é engraçado porque as famílias falam: ‘(O filho) É tão pequenininho e já se atentou para isso’. E os maiores já têm o poder de convencimento, na faixa etária de nove a 12 anos, que é uma idade que provoca, vai nos pais e questiona”, explica Charles, reforçando o papel de conscientizar e mobilizar.

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