A maior tragédia climática já ocorrida neste Estado traz muitas consequências. Felizmente, entre essas, algumas positivas, como a união entre as pessoas e a solidariedade local, nacional e vinda do Exterior, algo raramente visto e que pretendo abordar em uma coluna futura.
Mas infelizmente tem muitos pontos negativos. Além das mais de 100 mortes, de mais de uma centena também que permanece desaparecida, das centenas de milhares de pessoas desabrigadas, das cidades devastadas, das dificuldades enfrentadas por aquelas que se encontram em abrigos – ainda que amenizadas pela força da solidariedade e do voluntariado -, criminosos contribuem para o aumento das dificuldades e do sofrimento.
É absurdo que socorristas, voluntários ou não, que estão resgatando pessoas ilhadas tenham que andar acompanhados por agentes da segurança devido a assaltos. Da mesma forma, é lamentável demais que agentes de segurança tenham que se afastar de outras ações de socorro para realizar segurança aos socorristas que atua nos resgastes e também para coibir e reprimir saques realizados em residências de desabrigados.
E como se não bastassem esses, ainda tem criminosos agindo pela Internet, principalmente pelas redes sociais. Alguns, aplicando golpes. Outros, espalhando fakes News com propósitos diversos: políticos, para gerar pânico e para dificultar o socorro a quem precisa. Perde-se tempo e energia tendo que desmentir fake News ou conferir falsas informações. Não há nada de engraçado nisso. `Pelo contrário, há atitudes monstruosas, dadas as circunstâncias.
Faz bem a Polícia Federal em investigar os criadores e os propagadores de conteúdos falsos. Suas atitudes são extremamente desumanas, além de criminosas. Essas pessoas devem ser devidamente e exemplarmente punidas. E é preciso não esquecer: compartilhar fake news também é crime. Se não conhece a fonte (origem) do vídeo, do áudio ou da informação, não seja cúmplice: não compartilhe.
