O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) pediu, nesta sexta-feira, a interdição de um reservatório da Casan, localizado em São José. A recomendação foi feita com base em um relatório elaborado pelos técnicos da companhia.
Área de rompimento de reservatório, em Florianópolis – Foto: Daniela Ceccon/NDTV/arquivo
De acordo com o relatório elaborado pelo CAT (Centro de Apoio Operacional Técnico), existe risco potencial de ruptura, principalmente, considerando os vícios construtivos constatados no local, como a ausência e deficiência de impermeabilização, pilares posicionados em diferentes locais do que estava previsto em projeto.
O laudo ainda apontou “manifestações patológicas como armaduras expostas e bicheiras, além do histórico da obra que colapsou pertencente ao mesmo contrato”.
O “histórico” mencionado faz relação a empresa Gomes & Gomes, responsável pela construção da estrutura que ruiu, em Florianópolis, e de outra localizada também em São José.
“Considerando a execução em desconformidade com o projeto em alguns pontos, as manifestações patológicas constatadas no interior do reservatório, a falta de dados mais precisos sobre a execução da obra e o histórico das obras pertencentes ao mesmo contrato, por precaução, é recomendável a interdição, pelo menos até que estudos mais aprofundados possam atestar que a estrutura executada possui a segurança necessária para a operação, mesmo com capacidade reduzida”, concluiu o órgão técnico do MPSC.
Últimas horas de um furacão na Casan
Uma série de situações foram constatadas direta e indiretamente a Casan, na Grande Florianópolis. Na quinta-feira, em conteúdo antecipado pela Coluna Bom Dia, fiscais da Casan viraram alvo do MPSC em possível caso de improbidade administrativa.
Nesta sexta-feira (17), a Polícia Civil indiciou duas pessoas pelo evento desastroso registrado em Florianópolis, em setembro de 2023, quando o reservatório localizado no bairro Monte Cristo se rompeu após dois anos desde sua construção.
