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    AGÊNCIA JF | Social - Repositório

Conheça ‘manezinhos tipo exportação’ que levam o nome de Florianópolis para o mundo

Os ‘manezinhos’ são os filhos legítimos ou adotados da Ilha da Magia chamada Florianópolis. É assim que os moradores nativos ou “agregados” da capital catarinense são chamados carinhosamente. A cidade tem até uma lei, a 6.764 de 2005, que instituiu o Dia do Manezinho. A data é comemorada sempre no primeiro sábado do mês de junho.

Para marcar o Dia do Manezinho de 2023, a equipe do projeto Floripa 350 conheceu alguns personagens que tiveram sua formação social e intelectual em Florianópolis e hoje carregam todo esse aprendizado e o nome da cidade aos quatro cantos do mundo. São os manezinhos tipo exportação. Confira!

Renato Turnes é um dos ‘manezinhos tipo exportação’ que levam o nome de Florianópolis para o mundo – Foto: Leo Munhoz/ND

Do Saco dos Limões ao Cirque du Soleil

Das ladeiras do bairro Sacos dos Limões, em Florianópolis, para os palcos do Cirque du Soleil, armados em mais de 30 países. Os talentos dos manezinhos estão por toda parte, e em um dos principais circos do mundo não poderia ser diferente. É lá que brilha o ator Marcelo Perna, 54 anos.

Natural da Ilha da Magia, o artista é formado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) em Artes Cênicas. “Nasci aqui, passei a infância entre Blumenau e Floripa. Na adolescência me fixei na Capital. Sou filho da Ilha da Magia e muito do que sou hoje, do meu aprendizado, da minha experiência de vida, da minha formação enquanto indivíduo, vem dessa terra”, comenta Perna.

Marcelo Perna atua como White Clown no Cirque du Soleil - Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
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Marcelo Perna atua como White Clown no Cirque du Soleil – Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

Artista manezinho renovou contrato com o Cirque du Soleil nesta semana - Arquivo Pessoal/ND
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Artista manezinho renovou contrato com o Cirque du Soleil nesta semana – Arquivo Pessoal/ND

Às vésperas de completar 40 anos de carreira, o ator florianopolitano renovou esta semana contrato com o Cirque du Soleil. Lá ele deve seguir atuando com White Clown, ou seja, o Palhaço Branco. “Além desta personagem, também sou o backup do ator principal que faz o Mauro no espetáculo ‘Corteu’. Uma vez por semana, sou eu quem assume o protagonismo”, destaca.

Mesmo rodando o mundo, passando por várias culturas e países, Marcelo Perna fez questão de seguir morando em Florianópolis. “Amo a cidade. Sou manezinho, sabe como é. Aqui escolhi me fixar e cuidar da minha família”, finaliza o artista que também é fundador, interprete, presidente do conselho e diretor da Escola de Samba União da Ilha da Magia.

Da Carmela Dutra a uma das principais universidades dos EUA

Foi no Centro de Florianópolis, na Maternidade Carmela Dutra, que nasceu um dos principais estudiosos de criminologia de Florianópolis, o manezinho Felipe Neis Araújo, 37 anos. O historiador, doutor em antropologia social pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), leva o conhecimento adquirido na Ilha da Magia, e nas viagens de estudo ao redor do mundo, aos alunos da Universidade de Manchester nos Estados Unidos.

É na América do Norte que ele leciona e pesquisa sobre o tema e as questões socais relacionadas às ciências sociais, formação do estado, violência estatal, cidadania e pertencimento, políticas de drogas, e crime e justiça.

Araújo cresceu no Continente, no bairro Capoeiras, na mesma casa em que sua avó e sua mãe foram criadas. Para ele, os contrastes de Florianópolis, sobretudo nas questões sociais, foram fundamentais em sua formação social e profissional.

Natural do bairro Capoeiras, doutor em Antropologia Social pela UFSC hoje vive e leciona nos Estados Unidos - Arquivo Pessoal/ND
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Natural do bairro Capoeiras, doutor em Antropologia Social pela UFSC hoje vive e leciona nos Estados Unidos – Arquivo Pessoal/ND

Manezinho construiu sua identidade a partir das vivências e conhecimentos adquiridos em Florianópolis - Arquivo Pessoal/ND
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Manezinho construiu sua identidade a partir das vivências e conhecimentos adquiridos em Florianópolis – Arquivo Pessoal/ND

O doutor Felipe Neis Araújo destaca a importância da Universidade Federal em sua formação. “Ter passado por uma universidade tão importante como a UFSC me permitiu criar uma rede de interlocutores e acessar uma estrutura de ensino sólida, que me proporcionou estudar as questões de desigualdades e de injustiça”, enaltece.

Do Estreio aos palcos dos teatro do eixo Rio-São Paulo

É difícil falar dos talentos manezinhos voltados às artes cênicas e não lembrar do ator e diretor de teatro e cinema, roteirista e documentarista, Renato Turnes. Aos 44 anos, o filho de Florianópolis retornou no mês passado de mais uma turnê de 30 dias no Rio de Janeiro, onde apresentou o espetáculo e documentário “Homens Pink”, antes ele passou por vários teatros de São Paulo com a peça.

Turnes sempre viveu na capital catarinense, se criou, como dizem por aí, nas ruas do bairro Estreito. Teve como colegas artistas importantes que hoje despontam no Cena 11 e até a cantora Deborah Blando – que apesar de ser italiana foi criada na Ilha da Magia.

Renato Turnes é do bairro Estreito e hoje desponta nas artes cênicas no eixo Rio-São Paulo - Caio Cezar/Divulgação/ND
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Renato Turnes é do bairro Estreito e hoje desponta nas artes cênicas no eixo Rio-São Paulo – Caio Cezar/Divulgação/ND

Renato Turnes se formou em artes cênicas pela Udesc - Caio Cezar/Divulgação/ND
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Renato Turnes se formou em artes cênicas pela Udesc – Caio Cezar/Divulgação/ND

O ator cursou artes cênicas na Udesc e se formou em 2001. Indo na contramão de muitos de sua turma, Renato Turnes, resolveu ficar na Ilha de Santa Catarina para desenvolver sua carreira e fomentar a cultura da Capital. “Sempre fui um apaixonado por Florianópolis”, reforça o ‘manezinho raiz’.

“Quando me formei surgiram oportunidades para eu ir para fora, mas decidi ficar e entendi que aqui podia desenvolver e produzir meu profissional, e, então, levar minha arte à outras cidades, tem dado certo”, brinca Renato Turnes.

Renato Turnes é multifacetado e por onde passa esbanja talento - Caio Cezar/Divulgação/ND
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Renato Turnes é multifacetado e por onde passa esbanja talento – Caio Cezar/Divulgação/ND

Renato Turnes se formou em artes cênicas pela Udesc - Caio Cezar/Divulgação/ND
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Renato Turnes se formou em artes cênicas pela Udesc – Caio Cezar/Divulgação/ND

“Muito do que sou hoje, da minha arte, é reflexo desta cidade”, diz o manezinho. “Acho que a gente carrega a cidade em que é criado dentro da gente. Muitas coisas que eu faço são fruto do ambiente que me desenvolveu, da nossa natureza e, é claro, das problemáticas”, contextualiza Renato Turnes.

Dos croquis na Udesc ao mundo da moda na Europa

Apesar da pouca idade, 33 anos, Lui Iarocheski é um expoente da moda. Formado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) o manezinho de coração tem carregado o nome e os conhecimentos adquiridos em Florianópolis às Américas e a Europa. É referência internacional quando o assunto é moda sustentável e tecnológica. Atualmente ele vive na cidade do Porto, em Portugal, onde atua como vice-presidente de marketing de uma empresa de tecnologia que oferece soluções para a indústria da moda.

O paranaense de São Miguel do Iguaçu chegou à capital catarinense em 2009. “Vim para estudar relações internacionais. Fiz dois anos, mas acabei conhecendo a graduação em moda da Udesc. Percebi que ali poderia desenvolver melhor minhas aptidões. Foi então que me encontrei profissionalmente e pessoalmente”, conta o manezinho de coração Lui Iarocheski.

Lui Iarocheski é formado em moda pela Udesc/Florianópolis - Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
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Lui Iarocheski é formado em moda pela Udesc/Florianópolis – Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

Manezinho de coração leva ensinamentos adquiridos em Florianópolis à Europa e América do Norte - Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
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Manezinho de coração leva ensinamentos adquiridos em Florianópolis à Europa e América do Norte – Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

O destaque internacional do design se deu ainda na graduação, quando em seu projeto de conclusão de curso apresentou uma coleção inspirada em Hélio Oiticica – artista plástico brasileiro do modernismo. O trabalho de Lui Iarocheski chamou a atenção dos profissionais da moda, devido à pegada sustentável e tecnológica.

“Já tinha feito um estudo na Suécia. Mas, de fato, após esta coleção de conclusão de curso foi que consegui visibilidade. A partir daí, surgiram convites para eu apresentar o trabalho em Viena, na Áustria, na Vancouver Fashion Week, a semana de moda da cidade do Canadá, e na Casa dos Criadores, em São Paulo”, lembra o profissional ‘manezinho’.

Atualmente, Lui Iarocheski atua como vice-presidente de marketing de uma empresa de tecnologia que oferece soluções para a indústria da moda - Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
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Atualmente, Lui Iarocheski atua como vice-presidente de marketing de uma empresa de tecnologia que oferece soluções para a indústria da moda – Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

Após desfile da graduação Lui Iarocheski ganhou repercussão nacional e internacional - Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
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Após desfile da graduação Lui Iarocheski ganhou repercussão nacional e internacional – Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

“Florianópolis é a base do que sou hoje”, frisa o manezinho de coração. “Primeiro devido ao ensino, obviamente. Santa Cantarina tem o melhor curso de design de moda do Brasil, isso, às vezes, passa despercebido. Talvez, o que mais levei de Florianópolis foi esta formação. Depois, mais na tangente, o aspecto do lifestyle de Floripa. Esta cidade é especial porque tem os recursos e acessos de Capital preservando as coisas boas de uma cidade do interior, como a facilidade das relações entre amigos e contatos profissionais”, destaca.

“É uma cidade que abraça, e a sua gente se une para crescerem e se desenvolverem juntos. Sempre falo isso. A pessoa que sou hoje foi construída na Ilha de Santa Catarina, por isso, sou sim manezinho”, finaliza Lui Iarocheski.

Floripa 350

O projeto Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Ao longo de dez meses, reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade serão publicadas e exibidas no jornal ND, no portal ND+ e na NDTV RecordTV.

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