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Após ser demitida, Cecília envia carta de despedida aos colega da GloboNews

“Saio deixando o meu jornal”, disse a jornalista em trecho da carta enviada por e-mail aos colegas de redação

Após ser demitida da Globo, por falar mal da emissora no podcast “É Nóia Minha” nesta terça-feira (13/6), Cecília Flesch enviou um e-mail aos ex-colegas de trabalho agradecendo o período no canal de notícias e afirmou que está saindo deixando sua marca no telejornal Em Ponto.

“Ser demitido não é legal, claro. Parece que a gente não entregou tudo que deveria. Mas fiquem tranquilos, porque eu sei que entreguei – até demais, talvez. O que fica são os contatos, os amigos, os grandes amigos e os irmãos. E, claro, todo aprendizado e crescimento. Saio “maior de idade” desse lugar onde eu já andava de chinelo e gritando, achando que estava em casa”, escreveu a jornalista em trecho da carta.

Ainda na carta a jornalista brinca ao dizer que “foi divertido, mesmo acordando às 2h15”, horário que acordava para ir para emissora apresentar o jornal matinal.

Cecília Flesch (Foto: Reprodução/GloboNews)
Cecília Flesch é demitida da Globo após falar mal da emissora
Cecília Flesch (Foto: Reprodução/GloboNews)
“E cheguei onde queria. Saio deixando O MEU JORNAL. O “Em Ponto” foi do Burnier, passou pela Julia, mas se tornou o MEU jornal, eu sei. Ou não teria sapateado na previsão do tempo, nem Johny dançando black music no dia do trabalhador, nem senador rindo depois de assumir a ausência de tanto que gritou pelo Flamengo. Foi divertido, mesmo acordando às 2h15, acreditem”, declarou.

Ainda no e-mail, Cecília aconselhou os ex-colegas de trabalho a buscarem trabalhar em outros espaços.

“Conselho: quem conseguir romper a casca, voe. A Globo é uma escola. Mas, se conseguir, se a vida permitir, faça mestrado, doutorado, pós-doc em outros espaços”, disse.

Leia a carta na íntegra

Queridos,

18 anos, 4 meses e 8 dias de empresa.

Ser demitido não é legal, claro. Parece que a gente não entregou tudo que deveria.

Mas fiquem tranquilos, pq eu sei que entreguei – até demais, talvez.

O que fica são os contatos, os amigos, os grandes amigos e os irmãos.

E – claro – todo aprendizado e crescimento.

Saio “maior de idade” desse lugar onde eu já andava de chinelo e gritando, achando que estava em casa.

Quando cheguei em SP, há EXATO um ano, descobri que existe muito mais coisa do que “a casa dos pais”. E também tomei umas bordoadas que me deram uma casca ainda maior. E fiz mais amigos (ó, que surpresa!)

E cheguei onde queria. Saio deixando O MEU JORNAL. O “Em Ponto” foi do Burnier, passou pela Julia, mas se tornou o MEU jornal, eu sei. Ou não teria sapateado na previsão do tempo, nem Johny dançando black music no dia do trabalhador, nem senador rindo depois de assumir a ausência de tanto que gritou pelo Flamengo.

Foi divertido, mesmo acordando às 2h15, acreditem.

Quando eu vestia a “fantasia” (amigos da moda entenderão) e entrava no ar, eu só me divertia. Eu AMO fazer isso, vocês sabem.

Conselho: quem conseguir romper a casca, voe. A Globo é uma escola. Mas, se conseguir, se a vida permitir, faça mestrado, doutorado, pós-doc em outros espaços.

Mais um: se você acredita mesmo que é capaz de fazer uma coisa. Insista. Por mais que te digam que vc é fraca e sem carisma, insista. Um dia essa mesma pessoa pode te dar um abraço apertado, dizer que você é uma grande profissional e que sua resiliência vale ouro.

Não dá para citar nomes, MESMO. Foram MUITOS os que me ajudaram pelo caminho. Aplaudiram, fizeram barulho, elogiaram, deram força. Amo todos.

O e-mail estará desativado logo mais, não respondam a ele!

AH!! E uma última coisa: #OucamOpodcast.

Não acredite em tudo o que vcs leem!!!! Combinados?

A gente ODEIA fakenews!

 

Muito obrigada!

Beijos e a todos e SIMBORA!!!

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