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CASO ISADORA – Após 5 anos, advogada da família da jovem morta em Imbituba crê que júri ocorra ainda neste ano: “recursos estão acabando”

CASO ISADORA - Após 5 anos, advogada da família da jovem morta em Imbituba crê que júri ocorra ainda neste ano:

A violenta e trágica morte da modelo gaúcha Isadora Viana Costa, ocorrida em 2018, em Imbituba, completa cinco anos nesta segunda-feira (8), ainda sem respostas por parte da Justiça, ainda sem julgamento marcado.

A família da jovem, que tinha 22 anos quando foi encontrada sem vida no apartamento do então namorado, tem esperanças de que o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, hoje com 40 anos, acusado de cometer o crime de feminicídio qualificado pelo motivo fútil e sem chances de defesa à vítima, vá a júri popular no segundo semestre deste ano e seja condenado.

Xisto Filho está em liberdade e o processo, por feminicídio, aguarda julgamento de recursos interpostos pelo oficial de cartório, em Brasília (DF). Ao site jornalístico Paralelo 29, a advogada Daniela Felix, que representa a família da modelo no caso, disse acreditar que, pela forma como têm sido julgados improcedentes os “excessivos” recursos do réu, é possível que o júri popular aconteça, ainda em 2023.

“Sob a justificativa da ampla defesa, eles (réu e advogados de defesa) têm se utilizado de todos os meios recursais possíveis para adiar o júri popular, Mas possibilidades recursais estão acabando”, afirma a advogada.

Perguntada se existe alguma possibilidade de prescrição (extinção do processo) por decurso de tempo sem que o crime seja julgado, a advogada explica que a possibilidade existe e que o prazo para isso é de 20 anos.

“Mas tem interrupções neste caminho, ou seja, a família e amigas de Isadora ainda verão a justiça processual sendo feita.adiar o júri popular. Mas possibilidades recursais estão acabando”, ressalta Daniela Felix, que disse crer que o acusado seja condenado e cumpra pelo menos 20 anos de reclusão em regime integralmente fechado.

 

Isadora tinha apenas 20 anos quando morreu em Imbituba

 

 

Familiares e amigos promovem ato ‘Justiça por Isadora’

E no dia em que a ocorrência policial completará cinco anos, familiares e amigos de Isadora pretendem fazer um ato por justiça em Santa Maria. Em memória da jovem, a família optou por uma manifestação com música.

O Ato Justiça para Isadora está previsto para as 19h de segunda-feira (8), no Lux Lounge Bar, na Rua Dr Bozano, 527, esquina com Barão do Triunfo, Bairro Bonfim em Santa Maria. Os músicos Dadá e Renato Mirailh, conhecidos na cidade, estão confirmados.

Xisto Filho está solto e o processo, por feminicídio, aguarda julgamento de recursos interpostos por ele, em Brasília. O Paralelo 29 conversou com a advogada Daniela Felix, que representa a família da modelo no caso. Confira, abaixo, a íntegra da entrevista exclusiva ao site.

Como Isadora morreu

Isadora e Xisto Filho se conheceram no início de 2018, quando começaram a trocar mensagens pela Internet. Depois, eles se conheceram pessoalmente, em Santa Maria, em março daquele, e começaram a namorar. Em 22 de abril de 2018, a jovem partiu de Santa Maria para Imbituba para visitar Xisto, a convite dele.

Na manhã de 8 de maio daquele ano, ela foi encontrada morta, no apartamento dele, no centro da cidade de Imbituda. Socorrida pelo Corpo de Bombeiros, Isadora teria morrido após sofrer uma parada cardiorrespiratória.

A versão de morte acidental durou até a tarde de 25 de maio de 2018, quando chegou o resultado da perícia no corpo da vítima, apontando que a causa da morte teria sido “trauma abdominal”. Em suas alegações, o réu chegou a alegar que a jovem teria cometido suicídio.

Diante do laudo final da perícia oficial, o delegado do caso, Raphael Rampinelli, pediu a prisão de Xisto Filho como responsável por agressões que teriam resultado na morte da modelo.

 

Laudo aponta lesões no corpo da jovem

Com resplado no laudo pericial assinado por um médico legista, o Ministério Público concluiu que “as lesões traumáticas encontradas no abdômen da vítima, como laceração de vasos abdominais e laceração hepática, foram decorrentes de ação mecânica de alto impacto contra o abdômen e provavelmente repetitiva, compatíveis com múltiplos chutes, joelhadas e socos”.

A defesa de Xisto Filho alega que ele não matou Isadora e que ela teria morrido em decorrência de uma overdose de cocaína. No entanto, o Ministério Público sustenta a tese de que o oficial agrediu a modelo com chutes e socos e ainda alterou a cena do crime.

A promotora Sandra Goulart Giesta da Silva, da 2ª Promotoria de Justiça de Imbituba, acusa Xisto Filho de ter cometido feminicídio contra a namorada por motivo fútil e com uso de recurso que impossibilitou a defesa de Isadora. Afora isso, o oficial de cartório é acusado de fraude processual por modificar a cena do crime “a fim de induzir o perito a erro”.

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