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EUA dizem ter destruído rede cibernética espiã russa ativa há duas décadas em 50 países

Rede de espionagem cibernética é ligada ao serviço secreto russo, diz governo dos EUA

Rede de espionagem cibernética é ligada ao serviço secreto russo, diz governo dos EUA AFP

O Departamento de Justiça americano anunciou, nesta terça-feira, ter lançado uma operação de alta tecnologia para destruir uma rede de espionagem cibernética ligada ao serviço secreto russo que os Estados Unidos dizem ter sido responsável por roubar documentos confidenciais em mais de 50 países, por duas décadas. Entre os alvos dos hackers estão governos que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), jornalistas e outros objetivos de interesse do governo russo.

A operação chamada “Medusa” foi autorizada por um juiz federal de Nova York e usou a ferramenta digital Perseus, criada pelo FBI (a Polícia Federal americana) para destruir o malware conhecido como Snake — considerado uma das ferramentas de espionagem cibernética mais sofisticadas em uso pela Rússia.

O Snake usa uma rede secreta de computadores infectados pelo malware, ao redor do mundo, para invadir os dispositivos eletrônicos dos alvos e criar um caminho digital para acobertar a retirada ilegal de documentos confidenciais. A ferramenta criada pelo FBI faz com que o malware destrua seus próprios comandos vitais.

— Por meio de uma operação de alta tecnologia que fez o malware russo se voltar contra si mesmo, as autoridades americanas neutralizaram uma das ferramentas russas mais sofisticadas de espionagem cibernética, usada por duas décadas para promover os objetivos autoritários russos — declarou a vice-procuradora-geral Lisa Monaco.

Segundo o governo americano, o sistema era operado por hackers ligados ao serviço secreto russo (FSB) — especificamente, a uma unidade da FSB identificada em documentos do processo judicial como “Turla”.

A operação contou com autorização judicial para permitir o acesso remoto aos computadores infectados e foi executada pelo FBI, dentro dos Estados Unidos. Em outros países, o Departamento de Justiça informou que o FBI está em contato com autoridades locais para notificar as vítimas e auxiliar na resposta à ameaça digital.

Guerra híbrida

 

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, analistas alertam para o aumento dos registros de ataques cibernéticos dos dois lados do conflito. Em março, o vazamento de milhares de páginas de documentos confidenciais de uma consultoria da área de defesa russa ofereceu um raro acesso a estratégias do governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para ampliar táticas de guerra cibernética. Os documentos foram analisados e publicados por um consórcio de imprensa liderado pela Paper Trail Media e pela revista alemã Der Spiegel, reunindo jornalistas de 11 veículos de comunicação, entre eles o jornal britânico The Guardian, o americano Washington Post e o francês Le Monde.

A divulgação dos documentos revelou como engenheiros de software da companhia russa de cibersegurança NTC Vulkan prestaram serviço para agências militares e de inteligência do país, oferecendo apoio operacional para potenciais ações de invasão de sistemas, de treinamento para ataques à infraestrutura nacional, de disseminação de informações falsas e de controle de setores da internet.

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