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‘Ela cedeu a pessoas com más intenções’, afirma irmão da mãe de bebê desaparecido em SC

Juliano Gaspar, de 35 anos, tio do bebê de dois anos que estava desaparecido havia nove dias em Santa Catarina, diz acreditar que a mãe entregou a criança após um quadro de depressão-pós parto. Segundo entrevista ao ND+, a mãe “só fala dele”.

“A depressão dela é uma depressão pós-parto. Ela tinha 19 anos quando engravidou. Ela estava muito fragilizada. Ela ficou grávida na pandemia, em uma kitnet pequena, em um ambiente fechado sem o suporte ideal. Ela acabou cedendo a pessoas com más intenções, ficou com o emocional abalado”, conta Gaspar, humorista que ganhou notoriedade por seus vídeos junto com a ex-esposa, a alemã Lea Maria. A separação do casal recentemente virou notícia com acusações públicas de violência doméstica.

Menino de 2 anos foi entregue a aliciador, segundo o tio, após quadro de depressão da mãe da criança – Foto: Reprodução/ND

Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA (o equivalente ao Ministério da Saúde do Brasil), divulgou em 2020 que a depressão pós-parto pode durar até três anos.

Questionado sobre os sinais da depressão, Gaspar afirmou que em alguns momentos era possível notar que a irmã estava depressiva, mas não que entregaria o filho.

A mãe da criança é mãe-solo e, segundo Gaspar, o pai nunca procurou a família ou prestou suporte à jovem.

“Ela registrou somente no nome dela. O pai nunca apareceu, nunca esteve presente. Nunca o procuramos, por ser a vontade dela, ela nunca se interessou em ter o pai por perto”, relata.

Tio do bebê relata que irmã tinha depressão pós-parto – Foto: Ana Schoeller/ND

A informação sobre o emocional abalado da mãe de Nicolas foi confirmada pela delegada titular do DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso ) de São José, Sandra Mara Pereira. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (9), Sandra disse que a jovem teria sido aliciada para entregar a criança.

“A mãe foi convencida por conta da fragilidade dela. Ela ficou grávida muito jovem, ela não tem emprego. A fragilidade psicológica dela dificulta ela achar um trabalho”, afirmou a delegada.

A investigação irá apurar se a mãe, de 22 anos, foi paga para entregar o bebê para a dupla com quem a criança foi encontrada na tarde desta segunda-feira (8). Ambos estão em prisão preventiva. Ainda segundo a delegada, a jovem nega ter tido qualquer vantagem financeira.

Como funciona a depressão pós-parto

De acordo com o site oficial do Ministério da Saúde, este tipo de depressão é uma condição de profunda tristeza, desespero e falta de esperança que acontece logo após o parto.

Os sintomas típicos da depressão pós-parto são melancolia intensa, desmotivação profunda diante da vida, ausência de forças para lidar com a rotina e muita tristeza, acompanhada de desespero constante.

Segundo o ministério, raramente a situação pode se complicar e evoluir para uma forma mais agressiva e extrema da depressão pós-parto, conhecida como psicose pós-parto. Essa condição é mais susceptível de afetar as mulheres que têm distúrbio bipolar ou histórico de psicose pós-parto.

Os sintomas, que começam geralmente durante as primeiras três semanas após o parto, incluem:

  • Desconexão com o bebê e pessoas ao redor;
  • Sono perturbado, mesmo quando o bebê está dormindo;
  • Pensamento confuso e desorganizado;
  • Vontade extrema de prejudicar/fazer mal ao bebê, a si mesma ou a qualquer pessoa;
  • Mudanças drásticas de humor e comportamento;
  • Alucinações, que podem ser visuais, auditivas ou olfativas;
  • Pensamentos delirantes e irreais.

Após o bebê ter sido encontrado, o ND+ não irá divulgar o rosto e o nome do menino para preservar a identidade dele, em respeito ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

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