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Haddad afirma que novo PAC será mais verde e promete transição ecológica em quatro anos

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O ministro Fernando Haddad durante lançamento do novo plano Safra de Agricultura familiar, no Palácio do Planalto

Em entrevista a Kennedy Alencar, da Rede TV!, ministro disse que todos os ministérios terão de se adequar aos novos tempos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) dará atenção à questão ambiental e “vai ser mais verde do que o de 15 anos atrás”. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha com a estimativa de lançar cerca de 2.000 obras, entre empreendimentos federais e estaduais.
“Entendo que todos os ministérios terão de se adequar”, disse Haddad em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!.
O Plano de Transição Ecológica preparado por uma equipe do Ministério da Fazenda está pronto e já foi apresentado ao presidente. Segundo o ministro, Lula disse que a apresentação não era a de um plano, mas de um outro país.
Como exemplos de questões que precisam ser tratadas na transição, Haddad citou um marco regulatório para mineração em terras-raras, termo usado como referência ao fato de minérios estarem espalhados por todo o planeta em concentrações relativamente baixas.
“A América Latina e riquíssima em terras-raras”, disse Haddad.
Outra necessidade de adequação citada por ele é a relacionada à agricultura e à pecuária, para que esses setores não percam mercado diante das novas exigências ecológicas.
O ministro abordou também a integração das produções de energia eólica e solar à elétrica, na matriz energética brasileira; a possibilidade de vender aço verde para os chineses e a organização do mercado de crédito de carbono.
O plano tem previsão de ser implementado nos quatro anos do governo Lula, começando com medidas estruturais em um primeiro momento e, depois, com desdobramentos como regulamentações, nos próximos anos.
“Vamos colher os frutos, se depender da gente, por décadas”, disse.
Com elogios à postura diplomática de Lula no mundo, Haddad afirmou que o fato de o presidente abrir portas é uma grande vantagem brasileira que precisa ser valorizada pelos empresários, por possibilitar a reconexão com o mundo.
“Isso pode colocar o Brasil em um patamar de atração de investimentos como há muito tempo não se vê”, opinou.
Haddad defendeu também mudanças na educação, com valorização de formações em áreas não poluentes como a economia digital e a cultura
CONSUMO E ECONOMIA VERDE
Para o ministro, tudo passa pela educação sobre uma nova forma para viver. “Há fronteiras da nova economia que não são poluentes”, afirmou. Como exemplo, citou a produção de livros, que podem ser digitais.
Ele defendeu um amplo debate sobre consumo, economia circular, reciclagem, saneamento, lixões e veículos elétricos, por exemplo.
Ainda no quesito consumo, o ministro revelou que Lula ainda não havia falado com ele sobre a proposta de redução de impostos para eletrodomésticos da linha branca. A conversa deve acontecer nesta sexta (14).
Haddad atribuiu a dificuldade para comprar eletrodomésticos à alta taxa de juros. Ele disse que quem compra uma geladeira, por exemplo, paga 20% de juro real, o que não cabe no bolso do consumidor.
Sobre juros, o ministro disse considerar que não se discute mais quando será o corte feito pelo Banco Central, e sim qual será sua magnitude, afirmando haver espaço para uma redução da Selic superior a 0,25 ponto percentual.
A taxa básica de juros está atualmente em 13,75% e o BC indicou na ata de seu último encontro que deve reduzi-la já em agosto, desde que até lá se mantenha cenário de arrefecimento da inflação.
“É a expectativa de todo mundo a essa altura, 100% dos analistas esperam corte. Agora o problema não é mais quando (será feito o corte), mas quanto”.
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