Na ânsia de compreender cada alteração do mundo, alguns acabam apresentando transtornos no comportamento, que podem estar acompanhadas de mudanças no sono e humor. De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), quase 10% da população se sente ansiosa. No Brasil, o número ultrapassa os 18 milhões.
Quando o assunto é o TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de Atenção) estima que existam cerca de dois milhões de indivíduos convivendo com os sintomas. Mas o que significa cada um desses transtornos e como saber quando é o momento para procurar ajuda?
Vale lembrar que as explicações deste conteúdo não servem como diagnóstico e que, para ter acompanhamento, é sempre importante buscar ajuda profissional.
1. TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade)
Seja pelos novos perfis nas redes sociais ou pela divulgação do termo, o TDAH está em alta.
Com o compartilhamento da rotina daqueles que simulam situações que muitos acreditam ser características de quem convive com o transtorno, muitos têm buscado as respostas em testes digitais — prática que não deve ser incentivada, já que o especialista é o único responsável pelo diagnóstico.
Sabe aquele amigo que não consegue manter a concentração e está, quase sempre, pensando em algo que não tem relação com a aula? Na maioria dos casos, esse pode ser um indício de hiperatividade. Com a falta de foco, o indivíduo convive com um excesso de energia.
Quando identificado de forma correta, o transtorno neurobiológico pode provocar desatenção, inquietude e impulsividade, dependendo de cada caso e da forma como cada um convive com as modificações ao longo da vida. Por isso é tão importante buscar ajuda profissional para compreender o caso e buscar a solução adequada.
2. Transtorno de Ansiedade
A ansiedade está entre os transtornos mais presentes, de acordo com os dados da OMS. Com a vida agitada e a instantaneidade, o que era um sistema de defesa do corpo passou a ser considerado um transtorno.
Vale ressaltar que a ansiedade pode surgir de formas e intensidades diferentes, dependendo do momento vivido e o modo como cada um reage.
Lembramos que é normal ficar ansioso com alguma mudança na rotina ou na semana de provas, mas é importante estar atento, afinal, quando o sentimento começa a passar dos limites é hora de pedir ajuda.
3. Síndrome do pânico
Neste caso, as crises são repentinas e podem acontecer em qualquer momento. A causa, na maioria das vezes, é a síndrome do pânico. A principal característica é a intensidade do transtorno da ansiedade, causando alterações físicas em muitos casos. Tremores, palpitação e suor são algumas das respostas do organismo.
O tempo de duração da crise e os sintomas vão depender de cada caso e dos gatilhos que foram ativados. Entretanto, assim como nos outros casos, o caminho é sempre buscar ajuda especializada.
Procure um especialista
Por mais que seja normal conversar com o amigo ou pedir orientação para os colegas, os transtornos mentais são problemas sérios e devem ser tratados por quem entende do assunto. É fundamental conversar com psicólogos e médicos, deixando de lado os testes e simulações online.
Eles são responsáveis por compreender cada indivíduo e pensar em abordagens que serão capazes de melhorar a qualidade de vida — a sua saúde mental vai além do Setembro Amarelo.
É preciso relaxar
Quando o assunto são os sentimentos e sensações, é preciso ter em mente que a saúde mental não é a ausência de transtornos, mas a forma como cada um consegue conduzir cada circunstância, pensando no bem-estar e no controle das emoções.
Para aproveitar o tempo e descansar, existem algumas práticas que você pode incluir no checklist de rotina. Confira:
- Aproveite o tempo livre para fazer uma atividade divertida. Leia um livro, pratique um esporte ou passe um tempo escutando a playlist preferida.
- Convide os amigos e a família para passear. Visite o parque ou vá ao shopping. O importante é passar algumas horas ao lado de quem você ama.
- Priorize uma boa noite de sono, com oito horas de descanso e um ambiente adequado.
- Nada de ficar estudando até tarde! Mantenha uma rotina e procure relaxar antes de ir para a cama.