Foram realizados a troca de 31,5 milhões de comprimidos anticoncepcionais que estavam em estoque próximos à data de vencimento, que foram adquiridos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ministério da Saúde negocia troca de 60 milhões de anticoncepcionais prestes a vencer – Foto: Freepik/ND
Segundo o portal Terra, este número representa mais da metade dos medicamentos que seriam descartados por não poderem ser entregues aos Estados em tempo hábil para distribuição e uso.
Conforme o Ministério da Saúde, aproximadamente 60 milhões de unidades do medicamento levonorgestrel+etinilestradiol adquiridos pela gestão anterior, quando Marcelo Queiroga ainda era ministro da Saúde, estavam com validade prevista para os próximos meses.
O ministério não confirmou o destino da outra metade restante, embora o protocolo comumente adotado nestes casos seja a incineração dos medicamentos.
A equipe da atual ministra, Nísia Trindade, publicou uma nota em que afirmou que “o esforço na utilização e distribuição dos insumos de saúde é um ato de respeito à população e de responsabilidade com o povo brasileiro”.
Segundo o Terra, a equipe do Estadão procurou o ex-ministro Queiroga, e ele disse que a atual administração devia cuidar da saúde, em vez de terceirizar responsabilidades para gestão anterior. Além disso, ele relembrou que sua equipe enfrentou a maior emergência de saúde pública que o mundo já viveu.
Medidas adotadas para evitar desperdícios dos anticoncepcionais
Segundo o Ministério da Saúde, a troca dos anticoncepcionais com as farmacêuticas faz parte de diversas medidas que estão sendo adotadas para que o desperdício de remédios utilizados no serviço de saúde do Brasil.
Será acordado uma carta de compromissos com todas as empresas que fornecem medicamentos, para serem retirados do local de armazenamento, efetuem a troca de remédios com maior prazo de validade e, além disso, que a destinação final ocorra aos demais sem sobrecarga à administração pública.
